terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Segunda parte do desejo

Do impossível o possível, a porta abriu-se.
Pensamentos vindo dos olhos da sutil realidade, transbordam sorrisos, sorrisos amanhecidos na simples canção tocada com os lábios da cigana mágica sobrevivente do submundo imaginário.
Tão doce como a vontade do mais, é de se lamber a boca...de chupa-la e mordisca-la.



preciso dizer que é minha escritora favorita nos ultimos tempos?pois é.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Rachadura

Cansada de procurar um propósito,me escondo debaixo da superficie,me escondo entre as frestas do asfalto...as pequenas falhas da minha vida.
Incrível como consigo me acostumar a tudo,até mesmo essa dor...até mesmo essa cicatriz,peito aberto,coração morto a tiros.
Deitada,encolhida entre o mato,entre o verde, inconstancia da minha mente,esperando a hora que a chuva pudesse parar.
Vivendo meu próprio mundo,desejando que tudo parasse.
A cinza realidade estava estampada em meus frios olhos,
Desilusão.
O gosto amargo e ao mesmo tempo doce invadia meus lábios em tom de esperança,mas disto,eu já não precisava mais...disto,eu não queria mais.
movida nem mesmo com desejos,nem anseios,nem sonhos.
movida por dor,movida por máquinas.
As lágrimas que não ficaram ao meu lado,caíram de meu rosto e molhavam a terra úmida,
o som do silêncio era minha paz e minha guerra.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ingrid Cardozo

Em "Azar"


Adoro essa música, bebi um pouco mais de refrigerante e me levantei da cadeira. Peguei na mão do Danilo, não queria dançar sozinha.


- Vem Dadá, dança comigo?
- Não Ingrid, não dá. - Ele passou o braço sobre o ombro da sua namorada.
- Ok, vou sozinha então.


A pista de dança ainda estava um pouco vazia. O som desse música realmente mexe comigo, sinto meus braços movimentar-se, um súbito instinto de fazer as coisas mais loucas da minha vida cresce em meu peito. Ainda estou um pouco sem graça por estar sem os meus amigos nesta pista de dança. Fechei os olhos, simplesmente senti a música. Meu pé batia no chão conforme a melodia, meus lábios se moviam conforme a letra. Em instantes todo o meu corpo estava no ritmo.

"...Let's get glam, don't let the clothes wear you
Let's get glam, it's all in how you move
Let's get glam, don't let the clothes wear you
Let's get glam, it's all an attitude...
"


Abri meus olhos, a pista de dança estava lotada. Minha insegurança tinha sumido, estava com uma ótima auto-estima. O espaço de me mover estava diminuindo, alguém esbarrou em mim. Cai no chão. AI MEU DEUS! O meu vestido. Um enorme rasgo na lateral, meu salto quebrou. Isso não pode estar acontecendo. Todos ao meu redor pararam e me olharam, quando digo todos, são TODOS. Queria que tivesse um buraco, para eu colocar a minha cabeça. Estava aparecendo a minha calcinha, nunca na minha vida tive tanta vergonha. Tentei levantar-me. Foi em vão. Cai novamente, por causa do vestido. Podia ver algumas pessoas colocando a mão a boca para abafar os risinhos. Comecei a chorar, rapidamente o meu rosto estava sujo de maquiagem.


"...Let's get glam, don't let the clothes wear you
Let's get glam, it's all in how you move
Let's get glam, don't let the clothes wear you
Let's get glam, it's all an attitude...
"


Ninguém veio me ajudar, onde será que estão os meus amigos de verdade ? Alguém estendeu uma mão para mim, não faço a mínima idéia de quem seja. Apenas segurei. Queria sair dali o mais rápido possível. Uma toalha caiu sobre meus ombros. Enxuguei minhas lágrimas. Olhei para a pessoa que me estendeu a mão. Era o Danilo, e ela não estava sozinho. Todas as pessoas que eu esperava estavam lá. Me ajudando. Acho que eu encontrei verdadeiros amigos hoje. Mesmo com o rosto ainda manchado de maquiagem
e a minha cara de choro, estou feliz por ter os melhores amigos do mundo. Com um salto quebrado, vestido rasgado, meu rosto todo sujo e com uma toalha de banheiro em meu corpo nunca irei esquecer essa Formatura.


Ingrid Cardozo

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Refúgio 03

Meus anseios por entrar naquele velho banheiro se tornaram diários. Todavia que eu estava naquele maldito colégio eu pensava sobre o banheiro e a tal pessoa misteriosa que me respondia. As vezes,ficava noites sem dormir só imaginando quem poderia ser. Dia após dia eu subia aquela escada suja e maltratada para ver se tinha uma resposta,por menor que fosse,um sinal ou algo do tipo.
Estava certa de que fosse alguma garota,cada dia que passava eu me convencia mais disso.

Hoje é dia de prova,saí mais cedo,fui direto para o banheiro,a porta que estava emperrada abriu com dificuldade.O banheiro precisava mesmo de alguma reforma...Joguei minhas coisas em um canto e rapidamente peguei o canetão. Havia dias que a tal pessoa não escrevia nada. Sua última frase foi: "Acredite em seu coração, estou aqui para ajuda-la". E isso já faz um bom tempo,ainda estava lá a resposta solitária que eu deixei...fazia dias.Precisamente há duas semanas.

"Cadê você? Você não disse que ia me ajudar? Tudo isso foi uma mentira?"

Sim,eu estava com raiva. Essa pessoa me fez,de certa forma,acreditar nela. Eu tenho que desistir disso tudo...Não posso mais continuar a conversar com uma pessoa dessas,que eu nem sei se está me sacaneando ou não. Fui embora,deixando frases não respondidas e dúvidas. Essa pessoa não vai me responder,não adianta eu perder meu tempo aqui.

                                                                 -------------

Havia uma semana que eu não ia para aquele banheiro.E eu já estava tentando encontrar outra espécie de refúgio,mas....simplesmente não dava.Então,quando eu queria me isolar,eu ficava debaixo da árvore.E lá estava eu,andando apressada pelos corredores daquele colégio até chegar a minha querida árvore.Esbarrei em alguém,caí...meus livros voaram...olhei para o lado a menina também havia caído.Juntei meus livros e ajudei ela com os dela.

-Desculpa,juro que não te vi...estava pensando tão alto! - me desculpei meio sem jeito
-Ah,tudo bem,eu também não estava com cabeça.Tenho que ir,estou atrasada.

Ela correu e me deixou no meio do corredor,parada. Menina esquisita. Mas de alguma forma,eu gostei dela. E parece que ela deixou seu estojo...Tudo bem,depois eu entrego.Olhei minha mochila,o canetão estava lá...e por que não ir só mais uma vez naquele inóspito lugar e deixar mais uma marca? Realmente não havia problema nenhum.
Subi novamente as escadas. Parei em frente a porta, tinha algo errado. Droga! A porta estava toda envolvida em fitas amarelas tarjadas com uma cor preta.Uma enorme placa colada ao lado da porta dizia "Interditado". Isso não pode ser verdade. Arranquei as fitas da porta, abri a porta. O banheiro ainda continuava como eu tinha o deixado, cacos de espelhos espalhados no chão e a tinta da parede caindo. Joguei minha mochila de lado, e corri para o meu box. Com letras cursivas e arredondadas, estava a resposta do meu correspondente.

" Estou mais perto do que você imagina, desculpa a demora tive alguns problemas. As mudanças ja começaram, basta você perceber.E não,tudo é verdade.Nada de mentiras!"
12/09/10
Mal dava para ler, a sujeira estava cobrindo quase toda parte da resposta. Tive que limpar um pouco para poder enxergar. Tem uma data? Isso tem quase uma semana,como eu não vi isso? Deve ser a época que eu estive ausente deste lugar. Incrível como essa pessoa consegue me atingir assim. Bateram na porta do banheiro,me assustei.Corri para a porta,será que foi a pessoa?
Abri,não tinha ninguém. Silêncio. Pensei que era coisa da minha cabeça até pisar em um papel.

"O jogo começou"

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

imãs de geladeira [2]

voz tão doce
tua boca mil vezes ardente,insaciável
você sem luz,nua
meu infinito perfume frágil
dói olhar cada luar
morre meus beijos
teu sorriso cobre esperança
tenho medo e desejo
mas dentro me dizem dúvidas
serei sempre invisível
com meu rito disfarço o tempo
descubro durante dispersos olhares frios
saudades dos meus amores
matando a nossa existência
fico dizendo para ti,olhos azuis
vejo teu suspiro
gosto dos teus lábios
pergunto se é amor.

imãs de geladeira.

Esta despedida foi o instante da certeza
fazendo gesto suave sob a lua cheia
quero breve tristeza,generosa presença
respiro muito o mesmo mistério
um destino continuo em viagem
eu serei palavra,música,carícias,beleza
estranho choro,sumiu motivo
com profundos excessos
ouço querendo solidão
vi vozes enquanto danço segredos
sons perdidos de minhas paixões
então,apenas raiva

sábado, 4 de dezembro de 2010

Rafael Afonso

Em "Amizade"

Final de ano, último ano de escola. Festa de formatura aonde provavelmente eu não irei. Odeio festa com conhecidos, onde não posso ser realmente eu. Tenho que me privar de algumas coisas, simplesmente por ter "certas" pessoas. Parte-me o coração por ser a festa da MINHA formatura, onde se eu for não serei eu mesmo. Minhas amigas pedem a minha presença nesse dia, meus pais me pedem que compareça nessa data, mas o que eu quero não tem nenhum valor?

Falta apenas da um nó na minha gravata verde floresta que contrasta com meu terno preto. Na minha mente existe apenas uma pergunta: " Eu devo ir? ". Ainda estou indeciso, sentei na minha cama. Respirei um pouco, preciso pensar. Meu celular toca. Era a Luiza.

- Alô?
- Rafa, preciso de você aqui.
- Você esta chorando?
- Venha rápido.

Peguei o meu convite e algum dinheiro. Sai de casa o mais rápido possível. Tentei inúmeras vezes retornar a ligação da Luiza, precisava saber o motivo do seu choro. Droga! Ela não atende.
Cheguei na festa, estava tocando uma música lenta onde casais dançavam grudados. Procurei a Luiza por todos os cantos do salão. Onde será que ela se meteu? Adentrei entre os casais, passei por pessoas conhecidas e algumas que nunca tinha visto, mas nada da Luiza. Não estava sentada nas mesas, não estava no banheiro, não estava em nenhum lugar do salão. Meu telefone tocou outra vez, era ela.

- Venha aqui fora!
- Lui... - Ela desligou.

Tinha uma porta lateral no salão que dava acesso para uma varanda. A música lenta parou, os casais estavam desfazendo-se. Passei por eles e fui a ate a varanda. Lá estava ela, mas não estava sozinha. Estava com todos os meus melhores amigos. Luiza estava sentada, ao seu lado estava Isabela e Ana Clara. Atrás delas todos os outros Ela se levantou, correndo veio em minha direção.

- Você veio! - Sorriu para mim.
- Porque você estava chorando? - Olhei em seu olhos.Limpei uma lágrima.
- Minha formatura não seria a mesma sem o meu melhor amigo! - Abracei-a o mais forte possível.

Realmente encontrei um motivo para estar aqui.

- Você me concede uma dança? - Estendi a minha mão.
- Sim. - Sorrindo, colocou sua mão direita sobre a minha.
- Essa será a melhor noite da sua vida, Luiza! - Ela apertou de leve a minha mão, eu não poderia estar mais feliz, pois essa é a NOSSA festa de formatura.

@RafinhaAfonso

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Garganta

O Grito sai das minhas entranhas como uma espécie de monstro faminto.A dor é tanta que minhas cordas vocais acabam cedendo ao que não se pode.Mais um drink.Perdendo a consciência aos poucos,rezando para a sorte me proteger.Parece que é pouco...mas querida,eu disfarço muito bem.
A frieza é tudo o que eu posso fazer,tudo o que eu posso demonstrar.
Minha Garganta arranha e solta palavras que eu não gostaria de dizer.

Meu limite...é o meu limite.Tem horas que já não sou mais consciente,tudo o que vem,vem do coração.Culpe-me,eu não dou a minima.Esqueça-me,eu não dou a minima.Nada farei.

Agora não cabe mais a mim se importar contigo,por que você,você não se importa com nada que venha de mim...e não adianta,não adianta dizer essas palavras vazias.

Do fundo do poço,do fundo do meu corpo,do fundo da minha alma...do fundo e simplesmente do fundo de tudo o que vem de mim eu espero que você vá,e não volte.Mesmo que eu implore para que não.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Doce loucura vinda do vento.

A música saía de meu peito como se estivesse dançando.Era uma loucura.Suas palavras suaves mexiam com minha mente,transformavam meu inocente corpo.
A música fluía majestosa como se não houvesse perigo,com pequenos descompassos entrava e saía de meu coração e ia para a rua dançar ao som da chuva.
As melodias do fim do dia e do nascer do mesmo se misturavam com uma agitação e ao mesmo tempo uma calmaria.

os seus lábios se mexiam devagar segundo o meu tempo...e iam mapeando o espaço,transformando para si aquelas notas.Parecia um vicio escutar-lhe falar.Sobre qualquer coisa,em qualquer lugar.sobre qualquer tempo.Desde que sua suave voz saísse e atravessasse meus ouvidos como se nada importasse.Eu me desligava do mundo quando falava contigo,menina.

Sussurrando para mim então fazia-me arrepiar e sentir a gostosa brisa de um estação que pouco me importava se existia.Quando dizia meu nome é como se eu fosse parar em um universo novo...totalmente diferente.

A menina,sua candura me desperta anseios e desejos.
Tua voz me desperta uma alegria que jamais conseguiria exprimir em palavras.
A menina,se você pudesse ver o efeito que causas em mim...
será que você teria assim,me abandonado o vento sem os seus sonetos?
Oh!Menina,quando te reencontrar irei fazer-lhe dizer meu nome como nunca tu disseste antes.

domingo, 28 de novembro de 2010

Capítulo 14 - Cartas de Tarô

Continuação de "Capítulo 13 - Dever de Casa"


Amanda afastou a mesinha de centro para um canto da sala. Sobre o tapete colorido da sala de estar, tinha alguns incensos acesos e cartas de baralho de tarô espalhadas. Rebeca aguardava a amiga terminar de arrumar o local para começar a jogar. Pronto, estava tudo preparado. Amanda embaralhou as cartas, e estendeu-as para Rebeca.


- Primeiro mentalize a sua pergunta, depois corte as cartas em três partes com a mão esquerda, ok?
- Sim.


Rebeca fechou seus olhos por alguns segundo, mentalizando sua pergunta. De olhos abertos, fez o que sua amiga pediu. Cortou o baralho em três parte proporcionalmente iguais. Sobre o tapete, os montes de cartas estavam posicionados da direita para a esquerda conforme o corte feito. Amanda apontou para a primeiro monte.


- Esse é o seu Passado.  - Ela retirou a primeira carta do monte. Analisou e por fim mostrou para sua amiga. - Mostra os fatos e acontecimentos que influenciaram a situação. Esse carta é O Mundo. CONSELHO PARA O AMOR.Você está em uma ótima fase: em harmonia com você e o outro. Está feliz com o parceiro? Aproveite porque será um período duradouro.


Rebeca colocou a mão sobre a boca. Parecia que tudo que a amiga dizia parecia ser verdade, mas como isso pode acontecer? Amanda colocou o dedo sobre a segunda carta. O monte do meio.


- Esse é o seu Presente. - Ela retirou a primeira carta do monte. - Traça um parâmetro da situação atual, as forças positivas e negativas que agem sobre os acontecimentos. Essa carta é A Justiça. O CONSELHO PARA O AMOR. Existem problemas para serem resolvidos e isso deve ser feito com ponderação e justiça. Analise fria e criticamente a situação atual e não se furte a tomar uma decisão madura. A carta pode significar também o fim de uma ilusão ou uma possível separação. 


A garota mordeu superficialmente o lábio inferior. " Separação? Será que isso tem alguma coisa relacionada ao Bernardo?" Faltava  o ultimo monte, Amanda colocou seu dedo indicador sobre ele e retirou a primeira carta.


- Esse é o seu Futuro. Aponta o desfecho da situação ou um fato ou um acontecimento prestes a se manifestar. - A garota olhou a carta. - Esse carta é A Morte. CONSELHO PARA O AMOR. Você precisa de um renovação. A separação pode ser uma opção mas o que importa é mudar, se relacionar diferente. Se as coisas não vão bem, que tal uma terapia focada ao assunto? 


"Ai meu Deus! O que importa é mudar? Será que eles... Não pode ser!" Rebeca pressionou  um pouco mais os lábios.


- Afinal Rebeca qual foi a sua pergunta?
- Será que é isso que eu quero na minha amorosa? 




Continua em "Capítulo 15 "
Próxima Semana

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Conversas de MSN 2

@rafinhaafonso diz:
 como você diz que fechou a porta sendo que você ainda se importa?
Harusame¨¨¨¨sem música,a vida seria um erro.¨¨ diz:
 eu minto
 para ver se eu consigo acreditar
@rafinhaafonso diz:
 não minta pra você mesma
 minta para os outros
Harusame¨¨¨¨sem música,a vida seria um erro.¨¨ diz:
 eu minto para os outros tbm
 mas tentar mentir para mim mesma,é uma fuga da realidade.
 para ver se consigo viver nesse abstratismo que inventei para mim mesma
@rafinhaafonso diz:
 não tente enganar o seu coração, faça os corações dos outros apenas objetos de diversão #ColecionadordeCorações
Harusame¨¨¨¨sem música,a vida seria um erro.¨¨ diz:
 daeudaheudhdeheduhe
@rafinhaafonso diz:
 não se importe com quem não se importa com você
Harusame¨¨¨¨sem música,a vida seria um erro.¨¨ diz:
 eu não consigo
 compaixão
@rafinhaafonso diz:
 um dos sentimentos humanos mais difícil de se eliminar
Harusame¨¨¨¨sem música,a vida seria um erro.¨¨ diz:
 aham
@rafinhaafonso diz:
 isso é foda
 acho que o egocentrismo suprimi esse sentimento
 Faz você ter uma boa alta-estima
 aumenta a sua beleza
Harusame¨¨¨¨sem música,a vida seria um erro.¨¨ diz:
 daehduahduahuhea não tenho
 ambiente interno muda o externo
 eu acredito nisso
@rafinhaafonso diz:
 isso mesmo
 acredito [2]

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Le Temps.

Buscando em minhas memórias curtas compreendo que nunca fui alguém para você...
Noto que seu sorriso nunca foi para mim,e se foi,não era da intensidade que eu achava que fosse.
Reconstruindo nosso pequeno tempo que tivemos,vejo que nada era aquilo eu realmente via e que meus olhos,oh!pobres olhos! se enganavam em uma facilidade que eu não saberia dizer-lhe.
Parecia tão música de romance quando te vi,pareceu que nossas loucas desventuras fosse algum refrão com um solo muito louco e que tempos como estes jamais serão aqueles tempos que eu imaginava ou convivia.

Buscando em seus abraços eu só vejo o vazio,o frio,a fome.Se é que me entende.Só não consigo compreender uma coisa,por que me queria tanto,se eu não significava absolutamente nada para você?seria então,este o poder da conquista?Espero que tenha se dado por satisfazer.

E mesmo com olhos abertos,postura condensada em ócio e pequenos risos,ainda me vejo irritada por pessoas me dizerem somente a verdade sobre ti.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A aliança.

Adam abriu a porta de madeira, ela rangia desde sua infância. A porta de madeira estava caindo aos pedaços, a muito tempo que Adam não a tocava. O rapaz deu alguns passo para dentro da pequena casa, uma camada de poeira subia sobre seus pés. Nunca sua antiga casa ficava assim, abandonada. Poderia perceber uma grossa camada de pó sobre os moveis velhos e acabados com o tempo, ele estimou pelo menos duas semanas que ninguém limpava a casa. Andou um pouco mais a dentro, ligou o interruptor. A luz fraca e fosca mal dava pra iluminar a sala. Adam colocou sua mochila sobre o sofá empoeirado. Deu pequenas tossidas, elevando sua mão fechada a boca. Ouviu alguma coisa na cozinha, rapidamente foi ate lá. Ligou o interruptor, novamente a luz fraca e fosca. Simplesmente se deparou com algo inesperado.

-Mãe?

Ela estava sentada em uma cadeira de frente a mesa. Sua feições era fundas, seus cabelos grisalhos cobertos de poeira. Nenhum sorriso, nenhum sentimento. Apenas olhava um objeto que estava na sua frente. Uma aliança dourada. Adam correu ao seu lado, ajoelhou-se sujando sua calças. Passou a mão sobre os cabelos de sua mãe, uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Ver sua mãe naquele estado era realmente terrível. Nunca sentiu um sentimento como esse. Abraçou-a forte, ela não se mexeu apenas observava a aliança. Ele não sabia o que fazer, apenas chorava e abraçava-a mais forte. 

-Mãe? - dizia o rapaz entre as lágrimas.

Vê-la definhar assim, faz qualquer dor se tornar apenas uma mera lembrança. A vida daquela mulher não tinha mais um objetivo, não tinha mais esperança, não tinha mais sentido. Ela perdeu  a coisa mais importante da sua vida, o seu marido. Adam pegou a aliança e fechou sua mão sobre ela. A senhora abriu os lábios suavemente, o som de sua voz era muito baixa e sem vida. Olhou nos olhos que escorriam lágrimas de seu filho.

- Quando o seu pai morreu, morri junto com ele.

Cheiro.

Seu cheiro fica no meu corpo que se estremece quando lembra de tudo o que passamos.
É triste lembrar que não há um futuro para nós,é triste lembrar que esse cheiro um dia irá sair de mim...e enfim,ficará desaparecido.

Fecho os olhos,me perco em momentos,em lembranças,junto de ti.Como se o tempo não pudesse parar.
Dentro de mim,apenas teu cheiro percorrendo minhas veias...mudando as estações do meu ano.

Espero que você encontre uma menina assim,com o cheiro que você tem,o cheiro que causa em mim esse efeito louco de nostalgia e alegria.

Queria poder te ver,queria poder te sentir.
Em seu cheiro eu me encontro em qualquer lugar.

Vamos fugir?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Olhos.

E quer saber?
me solte,por que você não me faz bem.Pare com essa babaquice de tentar agradar as pessoas.
E sabe o que mais?
Eu ODEIO seus olhos,eles conseguem dizer TUDO o que você pensa e sente.As vezes você não precisa dizer absolutamente nada para contar uma história.É por isso que você não gosta de olhar nos olhos das pessoas,por que qualquer idiota pode ler o que você está sentindo e pensando.
E sabem o que dizem agora?
Surpresa,por me ver falando desse jeito.E depois tristeza.
As pessoas te entendem assim,e você quer uma menina assim,que te entenda.
Acontece é que sua menina jamais vai se apaixonar por você,por que por mais que ela encare você nos olhos,ela não te entende.Ela é cega.Por que,se ela entendesse ela ia ver todo o sentimento que você tem por ela.Se essa menina entendesse só um pouquinho de você,ela ia se apaixonar,como eu me apaixonei.

e não me olhe desse jeito.Por que senão eu não aguento de tanta raiva que eu tenho dela por não te querer.

Capítulo 13 - Dever de casa.

Continuação de "Capítulo 12 - Futebol."




Peguei mais um pão de queijo, estava do jeito que eu gostava. Quente e crocante. Adorava os pães de queijo que a Mamãe fazia. Estávamos na sala de jantar, a mesa antes coberta com louças refinadas e talheres finos agora estava coberta com papeis e cadernos. Livros abertos e folhas de rascunhos cobriam boa parte da sala. Bernardo sorria enquanto eu comia mais um pão de queijo. Seu sorriso grande e branco era lindo, completamente diferente do sorriso do Matheus. Os dois sorrisos eram maravilhosos, cada um do seu jeito. Tínhamos que fazer um trabalho em duplas. Amanda não gostou nada de eu estar com o Bernardo, mas não foi culpa minha. O professor sorteou as duplas, ela ficou com um garoto nerd e  eu com o Bernardo. Culpa do destino, talvez.


Peguei outro pão de queijo, Bernardo bebia um copo de suco de uva. Tinha exatamente uma hora que estávamos fazendo nosso trabalho escolar, mas pareciam alguns minutos. Do lado dele nem tinha noção do tempo. Ele parecia uma criança, tinha um bigodinho de suco de uva. Estava muito engraçado. Peguei um guardanapo, limpei seu bigode de suco. Ele segurou no meu braço, simplesmente as gargalhadas sumiram. O silêncio reinava. Me senti estranha, ele me olhava nos olhos.


- Rebeca!


Bernardo soltou a minha mão, o guardanapo caiu. O que será que está acontecendo? Que sentimento é esse? Preciso pensar. Estou confusa agora.


- Tenho que ir!


Ele começou a arrumar as suas coisas. Rapidamente pegou os seus livros, cadernos e canetas. Abriu a porta e saiu, fui para a janela. O vi indo embora, sem olhar para trás. Encostei-me contra a janela. O que que foi que aconteceu aqui? 


Continua em "Capítulo 14 - Cartas de Tarô"

domingo, 14 de novembro de 2010

Poema sem nome

Não posso mais esconder
Esse louco sentimento que tenho por você
Que insiste em se estender
Por toda a minha vida...
Que me prende e me fascina
Que me julga e discrimina
Que me seduz e me mata
Me induz e me massacra...
Não sei se posso te convencer
De que posso ser tudo pra você
Assim como você é tudo para mim
Não sei se posso esquecer
Tudo que sinto por você
Tudo que digo sem saber por que
Tudo que quero sem poder
Tudo que posso sem querer
Sabendo que tudo isso
É por você.

Jackie.

Procura.

Entrei em casa para te procurar.

Andei pela sala,sentei no sofá.juntei-me à mesa.Deitei no chão.Em vão,não te achei.


Andei pela cozinha,sentei no banco.abri a dispensa.Deitei na pia.Grande utopia,não te encontrei.


Andei pelo quarto,não me sentei.abri o armário.Deitei na cama.Por que tanto drama?


Seu cheiro no travesseiro.Enfim,te encontrei.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Refúgio 02

Olhei a parede do banheiro escrita com canetão verde... Não conseguia acreditar que alguém realmente entrou naquele banheiro e que olhou o que eu tinha escrito,e pior,comentou!

Cheguei a ficar desesperada por um minuto.Mas depois uma sensação de completo conforto tomou meu corpo de vez. Como se alguém finalmente me entendesse. Meu maior erro era se fosse alguém fazendo pegadinha. Não poderia ser uma maldita pegadinha. Sentei-me na privada com as costas encostada na parede. Imaginei infinitos nomes de garotos que poderiam ter feito essa pegadinha. Mas nenhum batia com a forma de letra na parede. Eram linhas firmes na maior parte, dava pra perceber uma leve retirada do canetão verde entre as letras "o" e a "c" da palavra "preocupo". Eram linhas arredondadas tipicamente femininas, eu acho. Preciso saber se é ou não uma pegadinha. Levantei-me da privada, peguei na minha mochila o meu canetão. Escrevi ao lado das minhas ultimas palavras.

"Estou cercada de mentiras e falsidade,não sei em quem confiar. Queria que pelo menos uma vez na vida, ouvir uma palavra verdadeira. Algo que realmente saia do fundo do coração. Estou cansada de sentir essa dor, de ser quem não sou. Preciso de um amigo de verdade."

Tampei o canetão, pronto já estava feito. Agora só preciso esperar ate amanhã. Torcendo que ela ou ele responda. Coloquei tudo dentro da mochila e sai correndo do banheiro.

                                                          ................................

Corri o mais rápido possível. Finalmente cheguei ate a porta do banheiro feminino. Coloquei a mão na maçaneta, pressionei para baixo. CRACK! Ouvi um dos espelhos se partindo no chão. Soltei a maçaneta imediatamente e sem querer recuei para trás. Será que o dono ou a dona das minhas respostas está lá dentro? Estou com medo. Será que pode ser uma pegadinha de verdade? Eu preciso saber.

Pressionei a maçaneta e lentamente abri a porta. A luz do banheiro estava ligada, podia ver os cacos do espelho por todo o banheiro. Quase todas as cabines estavam abertas, menos a minha. Caminhei com cuidado para não pisar nos cacos, parei na frente da porta. Empurrei, a porta abriu. Não tinha ninguém. Então porque o espelho caiu no chão? A resposta estava bem ali, nas paredes. Estava tudo caindo, a pintura descascando e não sei quanto tempo as pias vão permanecer no lugar. Voltei-me para a minha parede, procurei a minha ultima confissão. Ali estava ela, mas sem resposta.

                                                         ...............................

Talvez é esperar demais que tenha realmente alguém que se importe comigo, com meus sentimentos. Demorei para acreditar que ninguém tinha respondido na parede. Lavei o rosto na pia e sequei com a manga da minha blusa de frio, ainda tinha cacos de vidro espalhados no chão desde ontem . Fiquei muito desapontada, acho que vou escrever. Retirei o canetão da mochila e destampei enquanto entrava no box. Inconscientemente a tampa e o canetão caíram de minhas mãos. Estava lá...Bem no canto, quase que escondido.Como se fosse previsível que eu ia tentar encontrar um rastro daquele misterioso ser. O espelho foi sem duvidas apenas uma mera distração... Uma distração que me deu esperança e a esperança meus caros,é a aquela que me mantem acordada,para eu simplesmente não fechar os olhos diante desse cruel mundo. Em letras cursivas e arredondadas estava a seguinte frase:

 " Acredite em seu coração, estou qui para ajuda-la."




Mágica.

Sabe qual é um dos meus grandes sonhos?
me declarar para uma garota em francês.
Ir de encontro com ela na rua,depois de tempos treinando esse péssimo francês que ela provavelmente não entenderá,carregando algum tipo de flor,por mais brega que isso possa parecer.
Eu imagino um dia frio,por que eu não gosto de calor.E eu acho o frio,de certa forma mais romântico,mas enfim...

Acontece que eu sei o que acontecerá no momento que eu a ver na rua.
Meu coração vai disparar,vou começar a suar frio,de repente vai ser quente como o verão.

Vou me esquecer daquelas palavras decoradas,vou me esquecer quem sou e até mesmo meu nome.O tempo parece que vai passando lentamente,as coisas vão fugindo de minha mente até sobrar apenas ela.

Talvez eu nem tenha mais a tal da flor,talvez eu sem querer entreguei-a ao vento,ou ela simplesmente caiu em algum mato qualquer.

Mas nada disso vai de fato me incomodar,nada disso vai me fazer falta ou simplesmente me enlouquecer.Por que naquele momento,o que vai de fato ser importante,é ela.somente ela.A roupa que usa,o sorriso,os olhos,a expressão,o cabelo...tudo nela.

As coisas em minha volta vão sumindo devagar,vai acontecer que vou viver por um breve instante em um mundo paralelo.É,seria interessante.

Então o máximo que eu vou fazer,depois de todo aquele trabalho que eu tive,aprendendo francês,planejando o momento,ficando noites sem dormir...vai ser em vão...

eu simplesmente irei sorrir.Talvez eu abrace,talvez eu comprimente,ou talvez eu simplesmente vá embora a ignorando completamente.
E se ela conseguir entender,o que seria fantástico mas eu creio que não acontecerá,ela vai saber,que naqueles breves segundos do tempo humano eu disse para ela tudo o que eu sentia.

isso parece tão mágico..não parece?
mas é claro,eu sou uma tola por acreditar em mágicas.Então não confie em mim para lhe contar essa história quando acontecer,por que você ficará entediada,eu te contarei os minimos detalhes como se você não estivesse lá.

Como se eu estivesse vivendo um outro tempo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O vento gelado das estrelas descuidadas

Seria estúpido de minha autoria fazer algo que fiz durante algum tempo, fiz mas sem perceber nem ao menos me avisaram...mais estúpido ainda é o modo como caracteriza-se minha tamanha ingenuidade.
Me recuso a forçar-te a me ter, ou diria...não sei agora tudo parece mais confuso do que já foi, eu estou sendo sincera, apenas colocando para fora o que gostaria de não guardar, porque, mais dolorido do que está meu bem eu te juro que é impossível...juro a ti que nunca me senti tão pesada, juro que nunca me havia se passado pela minha inútil mente que...é inacreditável.
O mais simples que lhe pedi, não tive. Estou fragilíssima, e não tenho medo de falar sobre, pois meus olhos dirão a verdade a qualquer um que os reparar.
Humildemente, Garçom por favor mais uma dose
de amor desesperado, mal amado, mal cuidado, e sofredor.
E lembre-se também por favor,
do amor platônico, amor enganado, machucado, e pisado.
E então meu amado Garçom, vá, mas volte, com uma garrafa de verdade que junta ao teu peito poderá dizer quem és tu, e o que queres de mim.


Gabriella Monteiro
@gabimmasson
http://strawberryredforever.blogspot.com/

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dois homens, uma decisão !

Caro Rapaz de Cabelo Estranho,

Não sei o que eu quero da minha vida, não sei se escolho entre você e o meu namorado. Afinal de contas, librianas nunca escolhem. Sempre a duvida, sempre a balança. Será que escolho o amor ou a paixão? Amo meu namorado, mas existe algo em você que me atrai. Algo magnético, não sei dizer.

Não consigo escolher entre vocês dois. Se dependesse de algumas pessoas nós nunca teríamos nos conhecidos. Já fui xingada ate a minha morte, já fui alvo de macumba, já chorei durante a noite e tudo isso por sua culpa. Tenho que toma uma decisão na minha vida, eu preciso disso. Não posso mais continua nessa situação. Então a partir de hoje lhe peço que não continuemos juntos. Peço-lhe que não fiquemos mais, apesar de não fingir que ainda me preocupo com você. Afinal, acho que sei o que eu quero da minha vida!

Grata,
A Menina mais Fofa do Mundo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Tenho medo...

Querido Pablo,

Tenho medo de acordar e descobrir que tudo que eu sonhei um dia nunca existiu. Tenho medo de amar e não ser correspondida, de nunca mais sorrir um dia, de descobrir que nunca tive amigos. Tenho medo simplesmente pelo fato de ter medo.

Tenho medo de altura, de sapo, de fantasmas e de baratas. De morcegos, cobras e ratos. Tenho medo de ser assaltada. Tenho medo de trovões, do escuro, de psicanalistas. De dentistas, cobaias e cemitérios. Tenho medo de não consegui acordar, de pesadelos, de ficar cega. Tenho me da solidão. Simplesmente tenho medo.

Não sou a mulher que você sempre sonhou, não sou a corajosa que você sempre quis. Mas não vou deixar de ser quem eu sou por sua causa. Se você realmente me ama, me aceite do jeito que sou. Ou isso que você sente não pode ser nomeado de amor. Estarei sentada na minha cama, de luz ligada, esperando um telefonema tocar. Morrendo de medo de acordar e descobrir que isso foi um sonho.

Beijos,
Mariana.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mero enfeite

Você nem lembra mais de mim...gostava de nós quando não tinhamos preocupações,quando não andavamos em círculos.
Gostava de nós quando o tempo não passava e o futuro era sem mágoas

Gostava de nossa felicidade,de nossas alegrias,de nossas brigas,de nossas lágrimas...de nossas dores.
de todas as nossas cores.

nosso futuro foi chegando sem nem mesmo avisar.
sem ter um Rumo certo,apegado à frieza de partir nossos corações.
inocentes,fomos nos perdendo em meio ao jardim..em meio ao nosso jardim secreto.
agora este celebrado de duvidas,de rancores,de amaguras.
enfeitado com a falsidade,nosso orgulho sem sentido,de nossos amigos não-reais
as cobras rondavam o local que eu misticamente chamava de nosso,que eu chamava de meu.
Dói aqui dentro
não tenho palavras para expressar essa tenebrosa visão
que vai tomando conta do meu mundo.
ei,onde vc está dentro de nosso jardim?
eu nao lembrava dele tão grande..tão denso,tão cheio de nada.
Eu gostava quando eu era especial para você.
agora eu não passo de um mero enfeite em seu jardim amaldiçoado pela doce hipocrisia
e eu ainda me disfarço para não arder no inferno que é sem te ter.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Por dias mais românticos...

Mais encontros, menos procura;
Mais conversas, menos papo furado;
Mais flores, menos esquecimentos;
Mais bailinhos, menos distância;
Mais vestidos, menos amarras;
Mais namoro, menos sexo;
Mais cartas, menos internet;
Mais poemas, menos notícias;
Mais beijos, menos pegas;
Mais mãos dadas, menos adeus;
Mais passeios, menos baladas;
Mais cineminha, menos sacanagem;
Mais orgasmos, menos vergonha;
Mais surpresas, menos traições;
Mais escapadinhas, menos tensão;
Mais entrega, menos jogos;
Mais eu quero, menos eu não posso;
Mais verdades, menos julgamentos;
Mais coragem, menos preguiça;

Mais aqui comigo, menos não dá mais..
Mais vontade, menos, bem menos, más intenções…
Mais eu, mais você, mais nós;
Mais corações felizes, mais velhos tempos;
Mais dias melhores. Romanticamente melhores!

Done.

Barbara Guedes >> @babii_guedes

Será que é normal sofrer por amor?

Caro P.  ,

Será que amar é sinônimo de sofrer? Se não é, pra mim parece ser. Sofro quando o vejo aos braços de outra, sofro quando caem suas lágrimas não poder enxuga-las. Sofro quando olho em volta e percebo que o nosso tempo juntos parece não ter significado nada para você. Dizem que amor de verdade não é se preocupar com a sua felicidade, mas com a do outro. Não consigo compreender isso. A sua felicidade é ao meu lado, comigo.

Hoje em dia nem nos falamos, nem nos olhamos. Parecemos desconhecidos. Fico imaginando o que EU fui realmente para você. Amor? Paixão? Ou simplesmente mais uma? Saiba que você teve o seu significado na minha vida. Você foi o meu melhor amigo, meu confidente, meu amante, meu mundo, meu sonho. Te vejo nos braços dela todos os dias, meu coração sangra todas as vezes como se fosse a primeira vez. Me faço de forte para não chorar na frente dos meus amigos. Me faço de cega para não vê-los juntos. Me faço de desentendida quando falam o seu nome ao meu lado.

Espero que um dia você possa ler essa carta e descubra o que realmente é sofrer por amor.

Um abraço, 
Zatanna.

sábado, 23 de outubro de 2010

Efemero.

Me perdi nesse desapego que insisto em dizer que não existe,que insisto em fechar os olhos.
dentro de mim há apenas uma confusão louca de emoções e memórias que eu não tive o cuidado de organizar ou deixar de lado.O mundo pareceu tão efemero depois que você partiu de dentro de mim.Quer dizer,partiu por escolha própria e resolveu me abandonar de dentro do seu Eu.E me parecia quer dizer,ainda parece,que ver você agora é como se te visse pela primeira vez.E eu sei que são as mesmas manias e histórias de antes,e o fim?bem,o fim ainda continua igualmente seco,igualmente frio.

Me apeguei à mim mesma,como se tivesse alguma coisa para me apegar.fechei-me do mundo para que este não me matasse novamente,para que então eu possa pará-lo,ao menos dentro de mim,essa coisa corriqueira e cheia desse vazio.
superar?eu já superei.De um jeito irônico que sempre faço.
Mas ainda não posso mentir que não gosto mais de você,não tenho como dizer isso.Por mais que você possa me humilhar depois.Me fazer sofrer mais.Isso é algo que não dá para mentir,que se foda essa minha carapuça de orgulho.

Um segredo?Cada vez que você me causa dor com esses seus jogos que ainda não compreendo,uma garota tem o coração partido.

É triste ver uma tapada no espelho.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Refúgio 01.

Vou anotar,antes que eu me esqueça.Dessas coisas que só acontecem em filmes.
Vou escrever,antes que eu me esqueça.Dessas coisas que eu vivi.
Desses pequenos momentos marcantes.Frascos de felicidade.

Eu precisava me isolar...
precisava de um momento sozinha,longe de tudo.Mas parecia algo bem complicado,visto que eu conhecia metade da escola,era muito dificil arranjar um lugar que eu possa chamar de meu.Onde ninguém entraria,como um refúgio.
O mais próximo disso era o box do banheiro feminino do 3º andar. Precisamente,o quarto. Ninguém nunca subia naquele banheiro, poderia estar segura por um momento. Abri a porta do banheiro, o espelho estava um pouco sujo pelo falta de uso do local. O chão encardido e a luz fraca. Entrei no quarto box, fechei a porta e me sentei no sanitário.Chorei,derramei as tristeza que me afligia há dias...Essa coisa incompreendida que nascia dentro de mim.Essa crise.Não consegui pensar em muita coisa,simplesmente derramava lágrimas que desciam em minha face morena caindo rapidamente no chão há muito esquecido.O silêncio era quase divino.Não pensei quando peguei o maldito canetão da minha bolsa.Escrevi coisas que vinham do fundo d'alma.Não sabia muito bem sobre o que escrever,apenas escrevia.Primeiro foram palavras,que não fizeram muito sentido.Depois frases.E uma a uma iam se juntando até formar um texto que era um reflexo de minha própria pessoa. Tampei o canetão, coloquei de volta a bolsa. Abri a porta do box, limpei meu rosto sujo de lagrimas e sai do banheiro.

Sinceramente me senti um pouco mais feliz, por não estar voltada por pessoas interesseiras e fúteis. Por estar apenas comigo mesma. Afinal, qual é probabilidade de uma pessoa da escola entrar naquele banheiro e ler as minhas "confissões"?Provavelmente nulas. Quase nenhuma.


"Ninguém nunca se preocupa comigo...Por que somente eu devo sentir as magoas das pessoas?pode até ser que uma boa moça comporte-se desse jeito.Meigo.Mas,quer saber?cansei dessa meiguice.Cansei dessa pessoa que não sou eu.Alguém poderia me escutar?Claro que não.As pessoas não têm tempo para alguém fraco como eu..Chega disso.Chega.Só preciso aguentar mais um tempo,não sei bem quanto tempo.Mas aguentar.Que essas dores sumam e eu possa ser aquela pessoa de sempre.Estou tão sozinha"

...Ou pelo menos era o que eu pensava.

"Eu me preocupo.Você não está só."


Continua...

Uma atitude.

Não sei o que estou fazendo aqui,não sei como vim parar aqui.Não sei mais das verdades e palavras que digo.Também não sei mais de minhas emoções ou pensamentos
Resumindo: Eu não sei mais de nada do que acontece na minha e nas outras vidas.
Meu mundo ficou sem chão,de cabeça para baixo sem nem mesmo ter um baixo.
O céu infinito vai colorindo a terra,o asfalto,os prédios,as pessoas.
Não sei dizer o que estou fazendo parada,olhando você passar diante dos meus olhos.Eu sei dizer o Porquê de estar ali,mas não sei dizer o por quê de estar parada se eu deveria estar em movimento.Movimento para pegar em sua mão,movimento para olhar para seus olhos.Ter aquele momento que nós duas já sabemos o que quer dizer,mesmo ainda muito confusas.Ter o movimento de lhe dizer,em cada letra,silaba,palavra,ou frase o que eu realmente queria lhe dizer,e não aquele embolado que sempre digo.
NÃO! ter o movimento de te beijar.E somente te beijar.Esquecer o mundo,esquecer as cores,esquecer meus pensamentos,esquecer minha consciencia,esquecer...enfim,tudo.
Pronto,agora já disse.E não precisei de absurdo algum,de fala alguma para lhe dizer.
só precisei de um gesto,será que seria muito,você fazer o mesmo?

Movimente-se,chega de esperar,chega de iludir,chega,chega,chega,chega!
simplesmente faça o que a droga do seu coração manda.MERDA!
será que é pedir demais uma atitude minha e sua?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Por que eu ainda guardo essa caneca?



Nosso relacionamento já acabou, pelo menos eu acho. Não tenho mais motivos de guarda esse presente. Calma ai, não foi qualquer presente, tenho essa caneca desde o dia em que nós conhecemos. Estávamos no parque de diversões. A primeira vez em que vi você estava na fila para entrar na montanha russa com seus melhores amigos, eu tomava um suco de laranja enquanto esperava minhas amigas saírem do bate-bate. Simplesmente achei que era apenas uma atração, mas era superior a isso. Não sei o que dizer, não sei descrever. Somente senti. As meninas saíram do bate-bate, fomos para o tiro ao alvo, elas queriam ganhar algumas lembrancinhas. Era a minha vez de atirar, tinha três balas na arma. Atirei, errei o alvo. O segundo tiro passou muito longe, sou péssima nisso. Faltava a ultima bala, apontei, mirei, minha mão tremia, assim ficava muito difícil atirar. Coloquei o dedo no gatilho, foi quando sua mão cobriu a minha. Seu jeito forte e seguro, me fez acerta o alvo. Praticamente te beijei por ter ganhado, fiquei sem graça ao perceber que nem ao menos sabia seu nome. Virei-me para o vendedor, pedi um ursinho de pelúcia. Não tinha, tinha apenas uma caneca de porcelana laranja escrita com letras cursivas “te amo”. Você me entregou, fiquei vermelha.

Usava essa caneca em todos os lugares, não vivia sem ela. Fazia parte da nossa vida. Ainda não sei o porquê eu ainda não a joguei fora, não temos mais nada juntos. Coloquei um pouco de café na caneca, às vezes ainda podia sentir o seu cheiro nela. Deve ser coisa da minha cabeça, deve ser.

Talvez eu só esteja tentando me enganar.

Sabe o porquê eu ainda não a joguei fora?

Por mais que me dói eu ainda te amo, sempre vou te amar. Ainda tenho esperanças no nosso namoro.

domingo, 17 de outubro de 2010

Chocolate Quente

O fogo ardia loucamente, o cheiro de lenha queimada preenchia toda a sala. Pela janela poderia ver o céu desabando em água, me enrolei novamente no cobertor. Tinha uma caneca grande de chocolate quente ao meu lado, tomei um gole enquanto observava o fogo na lareira queimar freneticamente. Felipe estava tomando banho, pegamos boa parte da chuva que caia la fora. Estávamos encharcados apesar do frio, mas sorridentes. 

Atchim! Droga, odeio ficar gripado.

Felipe usava uma calça moleton, sem camisa. Seu corpo definido bronzeado e seu rosto de traços retos eram lindos. Adorava sua barba à fazer de dois ou três dias. Ele se sentou ao meu lado, enrolou-se no cobertor comigo e bebeu um pouco do meu chocolate quente. Sempre se lambuzava com o líquido. Beijei seus lábios ainda molhados com chocolate.

- Acho que essa foi um dos melhores dias, sabia?
- Sabia. - Sorri para ele.

Ele enfiou um dedo no chocolate e passou na ponta do meu nariz. Beijou minha bochecha, coloquei a caneca no chão. Estávamos no sofá da casa do Felipe, ele puxou o cobertor. Beijou minha boca, sua barba me deixava louco. O som da chuva dava ritmo a nossa luxúria. A luz o fogo iluminava nosso corpos, o cheiro de madeira queimando dava um toque especial.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sufoco.

Vejo seus olhares se cruzando com os meus,
será que é tão dificil nos mantermos no mesmo lugar?
Vejo você andando pelo corredores,
será que é tão dificil eu falar com você?

Minhas desculpas ficam presas na garganta mantidas pelo orgulho.
E essa minha inocência de achar que é tudo brincadeira acaba machucando quem eu não quero machucar.

Você estava certa eu me calo,me reprimo para não falar as coisas que me perseguem.
Talvez meus erros,talvez sentimentos.Eu não sei explicar e com certa ironia,não sei dizer.

O céu lá fora está brilhando e o ambiente transforma-se em poesia,um retrato do que vem dentro de mim.Por que diabos as árvores estão tristes?

Eu só não queria ser assim,queria soltar todas as verdades que insisto em omitir,que insisto em negar.Onde foram parar as pessoas?

Para mim,não há um sentido.Para mim,esta distância só me faz querer que tudo voltasse ao antes.
Ao antes.Mas qual dos tantos instantes?

Eu só queria lhe dizer,
Você está linda,mas onde está seu sorriso?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Morte,doce morte.

Meu coração vai expulsando meu sangue para fora de meu corpo nu.Não posso evitar o exilo da alma ao corpo.A transformação do próprio Satã fazia-se e desfazia-se em frações de piscar de olhos.
Ei,você!Fique aonde está.Pensa que beberá goles deste vinho de bela safra sem mim?Onde foi parar meu cálice?
O soar inconfundivel do piano invadia o recinto que eu chamava de corpo,as notas suaves iam perfurando o que eu chamava de pele,rasgando os músculos como se fosse um animal e triturando meus frágeis ossos.
O podre da carnificina adentrava em minhas narinas com função de alucinar minha mente devastada.
Por Favor,pare o sangue!Não o deixe colorir a sanidade que pouco me resta.
Pelo menos estou bela?A morte deve me deixar bela...
O desgaste nitido dos meus olhos passados pelo tempo,mostraram um cansaço sobrenatural que atuava como um peso para meus ombros.

Perdi minha mente,meu mundo girou,caí em uma sonata desconcertante.Estava escuro,não chovia.
Meu corpo implorava por ajuda e suas mãos o tocavam como se fosse socorrer.Me salve da minha própria escuridão,costure esses pedaços do meu corpo que insistem em se separar.Limpe as feridas que teimam em marcar meu vulneravel corpo com mentiras.
Inflamavel liquido que derrama de meu cálice sobre minha garganta seca,faz-se fogo dentro de mim,queimando meus erros com chamas que até o diabo sentiria inveja.

Você gostaria de um ultimo gole ?

sábado, 9 de outubro de 2010

STOP

Que pare o mundo;
que pare o tempo;
que pare o sol e a lua;
que pare as nuvens;
que pare a cidade,os carros,a poluição;
que as pessoas parem;
que o mundo não volte;
que pare a bala;
Que me pare.


por um breve instante,que tudo pare.Só para eu te ver sorrir novamente.

Querido Diário,

Não me sinto eu mesma a um bom tempo. Nada de sangue, dor ou lágrimas. Ultimamente eu apenas sigo a ambiente onde estou, sem personalidade própria. Preciso me sentir eu mesma novamente, preciso tropeçar sem querer, chorar de vez em quando ou ate arranhar o braço na parede. Quero poder sorrir apenas por sorrir, chorar quando estiver triste ou arrota entre amigos. São pequenas coisas que deixei de fazer para agradar aqueles que nem se importam comigo. Não quero que isso continue.


Hoje, nove de outubro de dois mil e dez. É o dia em que eu realmente serei quem eu sou, o dia em que eu deixo de ser uma sombra para tomar lugar ao sol, o dia que tudo começará a fazer sentido. Alias é o dia do meu aniversario.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Meu doce vicio!

Comprei uma barra de chocolate preto, rasguei a embalagem e coloquei um tablete na boca. Adorava aquela sensação, era uma espécie de euforia que ia derretendo em minha boca deixando-me simplesmente extasiada. Sensação unica, sem igual. Comi mais um tablete, depois outro. Até acabar com a barra inteira em poucos minutos.


Eu queria mais! Não o chocolate, mas a sensação. Comprei outra barra, rapidamente foi devorada como a outra. O desejo ali presente em cada mordida. A euforia descendo na garganta, o êxtase preenchendo minhas veias, o tupor invadindo o meu corpo saciando minha sede eufórica.


Peguei uma garrafa de coca-cola dois litros e um brigadeiro enrolado no confete. Girei a tampa da garrafa, podia ouvir o som do refrigerante saindo em qualquer lugar. Enchi um copo com o liquido negro e mordi o doce. A sensação tornou a aparecer, dessa vez bem mais forte. Parecia que dessa vez iria durar um pouco mais. Tomei um gole do refrigerante, depois mordia o brigadeiro. Minha mão onde estava o doce dava leves tremores, não me importava. Bebia e comia como se nada tivesse acontecendo.


O refrigerante na garrafa já estava pela metade, o brigadeiro quase no fim. Acho que dessa vez eu tenha conseguido chegar ao meu ápice da minha euforia, do meu desejo. Uma dor no meu peito ia surgindo, mas a euforia tirava completamente a minha atenção. Não queria que ela fosse embora. Tomei mais alguns goles de coca, o tremor aumentou sua intensidade. De repente o copo caiu no chão, à euforia diminuía e a dor crescia. Encostei-me na cadeira, colocando uma mão sobre o peito. Tem algo errado. Minha visão ficou turva, minha respiração rarefeita.Apoiei a cabeça no encosto da cadeira e fechei os olhos com esperança de nunca mais sentir aquela dor novamente.


Maria das Dores, 25 anos.
Infarto Fulminante.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

"Velhas poesias desenterradas da minha memória"

lua porque me abandonastes
justo nessa noite em que eu precisava tanto do seu brilho
sua alegria se transformou em tristeza
lua porque me abandonastes
toda aquela luz que iluminava minhas madrugadas
se transformou em escuridão apenas escuridão
aquele lobo que uivava toda vez que você passava
hoje dorme solitário em seu gélido covil
esperando pela próxima noite
imaginando se você aparecera
lua porque me abandonastes


@tk_ohashy
http://metamorfoseambulanteq.tumblr.com/

sábado, 2 de outubro de 2010

Tola loucura.

A loucura escreve sobre o piso de madeira minhas loucas fantasia,meus loucos anseios,desejos trancados,aprisionados.Letra por letra,palavra por palavra.Escreve sutilmente com seus dedos manchados à sangue,tão deliciado com tal ação que parecia estar desenhando minha alma nua.
Seu sorriso sacana exprimia uma ideia sem tempo,uma ação sem reação,algo fora do comum.
Seus olhos penetrantes se juntava ao seu rosto atraente e contornava em mim uma fatal atração que não saberia dizer a você,talvez não saberia dizer ao meus próprios "eus".Tocava em minha pele,juntando-se a mim em uma dança macabra e sem volta,entre músicas e compassos desajeitados que meus pés não conseguiam acompanhar,havia uma gargalhada,havia uma escada que lentamente eu ia descendo,me chamando aos sussurros em meu ouvido.
A loucura então,buscou na cozinha,que eu não conseguia distinguir para que lado estava,um copo de água,ofereceu à mim quase com o nome de pecado.E eu bebi,violentamente,cada gota que existia naquele maldito copo,como se eu quisesse me lavar,me livrar de algo que continha dentro de mim.

Meus gritos saiam no silêncio como algo quase que indefinido,como um delirante calar.As barras de ferro que me limitavam por dentro de mim exibiam o nome de pensamento,exibiam o nome de moral,do correto não dito.Oras,que correto era este?
Lição que jamais aprendi,obediência que jamais me conformei,leis que jamais sonhei.

clandestina,a loucura,que até então deitado no piso frio,escreveu meu último traço,meu ultimo segredo.Levantou-se quase em câmera lenta,usou alguns descompassos que não eram medidos por coisa alguma,atravessou as barras como se fossem obstáculos algum.

abraçou-me como um amigo eterno,e de forma que não compreendo,me beijou como um amante,em meio a escuridão que se formava dentro de mim.
Com seu sorriso sacana,com seus olhos penetrantes,com seu rosto quase que divino,sussurrou ao pé de meu ouvido algo que não captei,mas traguei,sem nem mesmo pensar.
Algo,que esteve desde o inicio,pintado com vermelho vivo,dizia : adeus,satã.
O correto foi-se embora,junto ao tolo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Deste veneno.

Esse doce veneno,que me enche,me inspira,me detesta.E a dor alucinante é tão...boa.Com uma pitada dos delirios mais loucos.Esqueço-me dos problemas que me cercam.

veneno este,destilado por cicatrizes,apreciado por gostos distintos,por bocas diversas.Experimento sem me preocupar com dose alguma...sem me preocupar com morte alguma.Veneno este,destilado com minhas próprias lágrimas.E o soro?Está com você.Mas por que você me salvaria?não quero ser salva.Está bom assim.

Esqueço por um momento do tempo.E que tempo?eu faço meu próprio tempo...O espaço é construído através de uma folha de papel...tudo parece tão pequeno nesse grande ser maior.

Esse veneno de cobra,para mim tem um significado,para você,outro totalmente diferente.Mas o que me importa estes seus pensamentos errantes?
você anda tão longe de minhas vistas,ou será que meus olhos estão ficando turvos?

Troca-se as peles,troca-se o mundo,troca-se as primaveras,troca-se os sentimentos,e então até meus loucos pensamentos e sonhos acabam por mudar,sem ter protesto algum,palavras de revolta,como se estivessem acostumados com essas trocas de pele...inconstantes quanto meu próprio ser.
E dessa carapaça vazia,desse pequeno bicho-presa,saiu a essência...essência que veio de mim...da alma.

Esse veneno de cobra,que atinge meu sangue destruindo o vermelho,colorindo meu céu com lágrimas,essas que não me afligem mais.Oh doce veneno,que chega no meu cérebro transformando,paralisando tudo o que vinha dele.Meu coração,o maior atingido,foi enfim esquecendo-se do meu ser,esquecendo-se do tempo-espaço...esquecendo-se da tristeza..

...apagando memórias que dilaceram meu corpo,que esmagam meus orgãos.
Enfim,com o tempo...em questão de medida que não sei contar,em um ambiente que não saberia lhe dizer.
meu coração foi se esquecendo de ti.
E me perdi sem realmente me perder.Talvez na outra troca de pele,quem sabe meu coração não volta a lembrar de ti?Só depende desse doce veneno que transformou em mim.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Liberte-me dessa prisão.

Não sou mais o seu canário preso em uma gaiola de madeira.
Não sou mais uma menininha que não sabe o que quer.
Não preciso mais de você.

Quero que você me deixe em paz.
Pare de falar o meu nome, não dirija a palavra a mim.
Não me olhe, não sorria, não fale.
Apenas finja que você nunca me conheceu.
Não aguento mais essa vida.

Nada de bilhetes, cartas ou telefonemas.
Não pergunte por mim, nem ao menos pense em meu nome.
Eu nunca existi para você, entendeu?

Siga a sua vida.
Liberte-me dessa prisão, deixe-me viver a minha.

O.N.N.F

Eu sinto raiva por ver você tão exposta a coisas tão banais.Por ver você sendo conduzida com a massa.Sendo feita nessa fábrica viril.Eu sinto raiva por ver isso tão na minha cara,por ver acontecendo agora,bem diante dos meus olhos.Sinto revolta,por você se deixar levar,sinto revolta por você não conseguir pensar.Sinto ódio dessa fábrica te carrega para longe de mim.

Eu sinto tristeza por ver você,definhando aos poucos.Se cortando,sendo mártir dessa maldição.Me sinto deprimida,de lhe ver desejando coisas que não são suas,que não fazem parte do seu ser.Me sinto frustrada por não fazer nada para mudar.De ver você no espelho se matando por algo tão falho que é a sociedade.Tão desumana.

Saia dessa fábrica.Veja como o céu está azul.Veja como o sol brilha.Olhe as estrelas lá em cima.Se esqueça por uma vez esse ser que quer você para ele.Eu sofro por ti.Tenho medo por você.Por que eu sei que no final você irá se arrepender.Por que no final eu sei,que você olhará para trás e irá tocar esses sonetos tão melódicos...Que irá querer voltar atrás.
Pare enquanto ainda é tempo.Pare para que possa ver o tempo.Em cima de sua imagem no lago estão minhas lágrimas perdidas.Por baixo dos sorrisos egocêntricos está o sangue que escorre pelo meu punho descendo da minha cabeça.
Eu sou só uma criança assustada com tudo isso.
Sou só uma mulher assustada com tudo isso.
Com essa merda que é...com essa massa acinzentada.
Cuidado com o que você pensa,talvez não seja seu este pensamento tão grotesco.
Cuidado com o que você sente,este coração pode não ser seu.
Estou cansada de esconder essa minha tristeza.Essa Raiva.Essa frustração.
No final,eu fico cega por tentar guiar.Escolha seu caminho e se esqueça dessas palavras gagas.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um simples humano.

Te amei.
A única coisa que fiz na minha vida foi te amar.
Nunca fui correspondido.

Você me desprezou, me humilhou.
Não precisava disso, mas você fez.
Você deveria ter apunhalado menos meu coração...

Não sei mas o que fazer, não sei com quem contar.
Não tenho amigos, não tenho família, não tenho vida.

Me sinto triste, solitário.
As palavras das pessoas agridem meu coração, minha mente.
O olhar delas me reprime, me constrange.

O que posso fazer?
Sou um simples humano em busca da felicidade.

Cegueira.

ei,por que está tudo tão escuro?
ei,por que eu estou sozinha?

Tem alguém comigo?
O que?Não consigo te escutar...

por favor,estou sozinha,me tire dessa escuridão...por favor,me tire dessa solidão.
Que essa tristeza não apareça mais na alma.Na mente.No coração.
Por favor...estou com medo.Quem deixou a porta aberta?está batendo um frio.
por favor,me tire desse sofrimento sem fim.

Me dê um chá de BellaDona,cala essa consciencia tão sã.Tire esse peso de mim.
Me mate,de dentro para fora.siga o pulsar do meu sangue se esvaindo de mim.
Faça qualquer coisa.me abrace.me corte.me beije.me mate.
Mas por favor,não me deixe aqui,nessa solidão que é amar você.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Uma noite em um beco...

Droga! O movimento está muito ruim hoje. Ajeitei minha calcinha, como sempre estava entrando na minha bunda. Coloquei o sutiã de volta no lugar, passei a mão no cabelo. Era o quarto cara não nessa noite, mas nessa hora. Voltei para a calçada, passei mais batom vermelho na boca. Ao longe um carro vinha em minha direção. Mais um cliente.

O carro parou ao lado da moça. Lentamente o vidro negro desce, a garota teve que se inclinar para poder ver o seu próximo cliente. Não era qualquer cliente, era o delegado da cidade. Ele retirou os óculos escuros e colocou-o sobre o painel do carro. Ela ajeitou o sutiã para que ele possa ver melhor os seus seios. Na calçada, outras prostitutas disputavam a atenção de skatista. Ele destravou a porta do passageiro, ela abriu-a e entrou. O delegado ligou o carro e arrancou pela rua mal movimentada.

O carro parou em frente a uma rua completamente deserta. Era um beco entre duas fabricas de tecido da cidade. Tinha apenas uma caçamba de lixo, onde os operários das fabricas colocavam os restos de material desnecessário. A garota de aparência jovem desceu do carro. Os faróis foram apagados e o motor desligado. A prostituta adentrava no beco escuro, seguida pelo delegado.

Ela encostou contra a parede. O delegado puxava o seu sutiã com intenção de tirá-lo o mais rápido possível. A prostituta já abria o zíper da calça dele. Ele puxou o cabelo da moça enquanto beijava seu pescoço. Ela hesitou por um momento. O delegado continuava a puxar os seus cabelos.

- Para, você está me machucando!

O delegado não parava, a moça tentava se soltar. Ela empurrou-o para longe, ele bateu em seu rosto. A prostituta caiu no chão de mau jeito, machucando seu braço com o impacto no chão. Ele abriu o zíper da sua calça completamente, ela ainda estava jogada ao chão. Uma gota de sangue caiu de sua boca. Ela toca em seus lábios, um vermelho rubro tomou de conta dos seus dedos. Ela levanta, apoiando-se na parede. Tenta olhar para ele, não consegui. É derrubada novamente, seu nariz sangrava também.  Ele apoiou seu joelho sobre sua costa, ele arrancou sua calcinha. A menina estava desnorteada, nada podia fazer. Ele puxou o cabelo dela, sua calça estava na altura do joelho.

Era inevitável, simplesmente inevitável. Ninguém poderia ajudá-la, ninguém poderia fazer nada por ela. A garota era abusa sexualmente. O silêncio do beco era quebrado por gritos de dor, puxões de cabelo e socos no rosto. O seu destino dela já estava traçado. Sua morte em um beco escuro e fedido era iminente.

Ele terminou, subiu sua calça. Ela simplesmente estava jogada ao chão, suas roupas completamente rasgadas. O delegado foi ate seu carro, pegou uma pistola velha e de uso pessoal. Caminhou ate o lado da moça, apontou para sua cabeça e disparou ate que sua arma tivesse descarregada. Guardou-a no bolso e voltou ao seu carro. O motor foi ligado, tocava uma música lenta no radio enquanto o carro se distanciava do beco escuro.  

terça-feira, 21 de setembro de 2010

entre,beba um drink,sinta-se em casa.

Toma,beba um gole do meu silêncio.
vamos,dê um passo para o precipício.
Toma,coma minha depressão.

e agora consegue sentir?
E agora consegue ver?

da sacada da sua casa você consegue perceber meu nervosismo?E pelas estrelas você consegue se orientar para meu coração?que coração...Foi tudo jogado no mato.
sente a brisa da noite através de meus pensamentos e poemas não marcados?

se corte.chore.não durma.Vamos,grite.Se tranque.SE RASGUE.SANGRE.FAÇA DOER.

vamos,quebre seu espelho.
Vamos,derrube seus livros.
Vamos,mate sua alma.
VAMOS!

por que depois que você passar por tudo isso.por todas as mentiras,todas as traições..todas as dores...

...você enfim sentirá o que eu senti por ti.

E vai perceber do por que de ter seguindo em frente.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Nosso mundo

Está de volta ao seu mundo,não precisa se preocupar mais.Não voltarei a lhe pertubar.E se quiser,que se esqueça de mim.Se esqueça do que passou comigo.Pronto,já está em órbita,já voltou para seu pequeno universo.Não precisa mais olhar para mim,aguentar minhas esquisitices.Não precisa me ver chorar,nem chorar por mim.Não precisa mais observar o céu estrelado imaginando mil possibilidades para um mundo melhor.Não precisa tocar na minha mão,nem beijar minha boca.Não precisa nem mesmo me cumprimentar.E sabe aquelas musicas bonitas que cantavamos antes de dormir?Pode se esquecer de todas elas.Queimar as cartas que eu,tolamente,lhe entreguei.Não precisa mais.Não mais.

Tape os ouvidos e não irá me escutar gritando.
Tape seus sonos para que não sonhe comigo.
Tape seus pensamentos para que eu não apareça por lá.

POR QUE CECILIA,de todos os males que lhe fiz,de todas as coisas que eu aprontei,a pior delas,e a inevitável,foi ter me apaixonado perdidamente por ti.
E TER TIDO

...e ter tido...A doce ilusão que poderiamos enfim,viver nos encantos de nós mesmos.

Por fim,esqueça...
...que eu entreguei meu coração para ti,e que você,fatalmente o rasgou em frente ao espelho.

Monologos que eu não saberia representar.

Apenas uma constante.Um traço torto e singelo atravessava minha mente transtornando ao redor.Apenas um caos.E eu gostava de me sentir assim,me destruindo aos poucos até chegar na mais completa loucura.
E neste momento que aqui me encontro,atirada na cama,sofrendo de um abstratismo,me fazia pensar se não estava vivendo a loucura,ou será a lucidez batendo em minha porta?
A dor desumana que atingia meu peito,descontraía meus pulmões até sufocar.
Fazia tempo,muito tempo que não me sentia assim,idiota.Me sinto fraca,covarde,simplesmente por alimentar este sentimento tão grotescamente doentio.Chegando ao ponto de deixar meus principios e retroceder.Ou será um passo para o progresso?não saberia dizer...
Considero este sentimento como uma “bad trip” de uma droga ou um pesadelo cruel.Quem aqui gosta de reviver os lastimáveis fantasmas do passado?
Olhei para o armário,que me encarava sóbriamente como se estivesse me reprimindo ao mais completo silêncio.
A droga ainda corria em minhas veias,passava pelo meu coração até chegar ao cérebro.como um impulso nervoso.como se fosse algo natural.
Eu não conseguia me controlar,nem ao menos lutar.era como se eu quisesse isso.
A coberta que me cobria era a representação da minha fraqueza,que ia aos poucos se acomodando
O travesseiro era a covardia que sustentava minha cabeça
e enfim o colchão,sinonimo do torpor que eu me encontrava.
O ar nunca esteve tão sólido,concreto e seco,parecia fazer parte do meu sofrimento.parecia fazer parte de mim.
Olhei para sua marca em meu corpo,respirei para sentir seu cheiro percorrendo minha'lma e quando eu fechava os olhos você me guiava dentro de meus pensamentos.
Estivesse no meu corpo,na minha alma ou no sonho,ficava comigo,dormia comigo,vivia comigo.
Era meu,era seu,era nosso.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Novos X-Mens 05





Continuação de "Novos X-Mens 04"

Acordei um pouco cansado, dormir de mal jeito no sofá da casa da Vampira. O machucado incomodou durante à noite inteira. Anna trocou os curativos durante a manhã. Ela entrou no quarto enquanto eu tomava o café da manhã. Comi algumas torradas com geléia de morango. Vampira ainda não tinha comido nada, ela saiu do quarto com as nossas roupas limpas, secas e uma mochila jeans. Ela tinha lavado as roupas antes de dormir. Jogou as roupas e a mochila em cima do sofá e  sentou-se a mesa. Pegou uma torrada, passou geléia e comeu.

- O que vamos fazer agora, Scott?
- Vamos atrás de uma pessoa. Mas só tem um problema. Não sei onde ela está.
- E como você pretende achar essa "tal" pessoa?
- Ainda lembro o endereço da casa dos pais dela.
- Afinal, de quem estamos falando?
- Kitty Pryde, a Lince Negra.

Vampira comeu mais uma torrada com geléia. Troquei de roupa, vesti as minhas e deixei as do Gambit sobre o sofá. Ela retirou a mesa e ajeitou a mochila. Em alguns minutos estávamos prontos para sair em busca da nossa próxima aliada.

A rua tinha um pouco mais de movimento do que ontem, mas as pessoas ainda continuavam com medo. Vampira estava de cabelos amarrados em um coque, onde suas mechas brancas ficavam soltas. Usava uma blusa regata verde e calça skiny preta. Nas mãos, suas luvas negras. Nas costas, a mochila jeans. Estou de calça jeans e uma blusa xadrez de botão, com uma das mangas rasgadas. Atravessamos a rua, onde ela deu sinal para um táxi.

Ele parou na nossa frente, sentamos no banco traseiro e dei-lhe as coordenadas. Com muita insistência o motorista resolveu nós levar ao nosso destino. Tínhamos meia hora de viagem. Sem nenhum imprevisto, eu espero.

Chegamos ao nosso destino. O taxímetro contava exatamente 50 dólares. Anna olhou para mim, balancei negativamente a cabeça. Não tínhamos o dinheiro. E agora?

[...]
Continua em "Novos X-Mens 06"

Um tolo.

Caro Rapaz,


Talvez eu seja um tolo em guardar todas as nossas conversas, lembrar todos os momentos e simplesmente o fato de sentir saudades suas. Não sei ao certo, mas não pretendo seguir em um caminho que não sei onde posso parar, mas só preciso de uma palavra sua para continuar.
Pego algumas de nossas conversas escritas em pequenos pedaços de papel amassado. Suas letras se diferem da minha de forma simples. Leio novamente todas elas. O que ficou delas?Apenas uma pergunta. "O que você quer comigo?"
Não consigo interpretar suas intenções,adivinhar seu próximo movimento,saber o que você quer. Somente uma coisa eu tenho certeza agora.Te quero mais do que eu imaginava.




Não quero ser um tolo apaixonado,talvez seja melhor começar a fechar portas.Isso vai ser melhor para nós dois.




Acho que foi um erro tê-la aberta.