sábado, 24 de setembro de 2011

Capítulo 2



NOITE DA RAPAZIADA

AMANDA

Amarrei o meu cabelo pretos e lisos em forma de rabo de cavalo, suspirei fundo e devagar abri a porta. Estava dentro da despensa da casa do Matheus, um dos caras mais gatos da escola. Os pais dele estavam viajando, acho que por trabalho e ele estava dando uma daquelas festas de rapazes. Pelo menos uma vez por mês, seus pais viajavam e ele dava uma festa dessas. Era uma festa bem privada, onde apenas alguns amigos selecionados por ele estavam. Uma observação, todos eram homens que fazem coisas de homens e falam de coisas de homens. Nenhuma garota. Tinha percebido tinha alguns dias que eles estavam marcando.


A porta abriu sem fazer algum ruído. Estava na cozinha, era grande e com movéis modernos. A casa era preenchida com um som alto e gritos de alguns meninos. Eu tinha um objetivo, queria tirar uma foto do Matheus, precisava daquilo para algo mais tarde. Precisava da ajuda dele e ele não iria fazer por bem. Com uma camera fotografica em mãos andei ate onde seria a porta para a sala de estar, olhei sorrateiramente por ela. tinha muita sujeira, muitas bebidas e alguns meninos estavam no chão desacordados. Nenhum que conhecia ou que fosse bonito, pareciam se do clube de futebol que Matheus frequentava. Andei até a base da escada, onde provavelmente daria para o quarto dele. desviei de uns copos e subi rápida e silenciosamente. No andar de cima tinha apenas três portas, a porta do quarto dele foi fácil de descobrir. Não estava destrancada e a outra era um banheiro. Entrei, subtamente comecei a mexer nas coisas dele.

Abri seu guarda roupa, tinha muitas roupas. Abri suas gavetas, uma por uma. Eram três, a primeira era de blusas, a segunda de shorts ou bermudas e a terceira era de cuecas. Peguei uma. Era grande e de formato box, tirei algumas fotos do quarto dele, de repente escuto barrulhos na escada. Estava subindo alguém, e agora?

Ouvi vozes, uma eu reconhcia a distancia e a outra nunca tinha ouvido. Podia ver dois pares de pés mexerem na minha frente, um calçava uma havaiana branca e o outro estava descalço. Eles falavam algo sobre jogos, festas e a escola. Não conseguia ouvir direito, a música estava abafando algumas partes da conversa. Matheus sentou na cama, podia sentir o peso dele porque era dificil se esconder ai embaixo. O outro rapaz fechou a porta, o som da música tinha quase sumido apenas uma triha sonora de música de fundo parecia ter ficado. Ele falaram de uma garota, uma novata. Rapidamente me lembrei do dia que ela tinha entrado na nossa sala. Seu nome era Rebeca, a garota de cabelos loiros caracolados. Por meio da conversa, descobrir que Matheus tinha achado ela muito bonita e parecia estar afim dela. Por fim, descobrir também que o nome do outro garoto era Bernardo. Olhei rápidamente, ele era bonito. Tinhas os cabelos lisos loiros e com corte meio oval. Era alto e tinha um grande sorriso.

Eles haviam descido, sai debaixo daquela cama. Peguei aquela cueca e precisava sair dali. Não tinha uma foto dele comprometedora, porém tinha uma cueca dele e tinha como provar que era dele, Agora estava completa a fase um do meu plano.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Isso parece um pouco estranho,

É meio que engraçado, falando uma coisas dessas. Porém, é a mais pura verdade. Você não tem os belos olhos azuis que me fascinam, não tem o corpo que me impressionam, mas tem algo que me deixa louco. Não sei o que que é, mas parece que o coleccionador de corações achou alguém que o faça ser uma vítima. Que o faça de bobo ao pensar em você.

Não quero parecer meio que ansioso ou aparentar um desespero, só quero ser aquele que um dia tocou os seus lábios de forma tão natural que faz parecer aquelas histórias de romances reais ao invés de meras fantasias impressas em livretos.

Só quero te ver de novo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Minha familia sempre foi nomade e no fundo, no fundo eu sempre soube que eu era itinerante. Sempre atrás de novas imagens,nova cores,novos sabores,novos olhares e toques. Sempre atrás do novo, do desconhecido. Minha alma não se limita em cheiros, sabores, cores, lugares, pessoas, destinos, amores ou morte. Sempre mais, sempre inovar, sempre conhecer. Estou falando de mim mesma, pela primeira vez, com sinceridade e com a certeza de que a fala é certa. Me perdoe, você, que sempre esteve ao meu lado. Me perdoe, você, que me criou ou que puxou para cima quando eu estava perto do fundo. Talvez vocês todos não me vejam mais - falando de carne e ossos - sempre estarei com vocês, assim como carrego cada um no meu coração. Jamais esquecerei de cada um, por que,cada ser que eu conheci fez parte para se tornar o que eu sou. E talvez isso nao seja muito para o leitor, mas para mim, isso significa tudo. Desde minha respiração até o maior de meus sonhos.
Não estou planejando tudo isso para agora, mas estou avisando com devida antecedencia que uma hora pegarei minha bagagem e me mudarei para nada mais,nada menos, que meu lar.
E conhecerei cada detalhe de meu país. me aguardem.

sábado, 17 de setembro de 2011

Capítulo 1

NOVOS AMIGOS

REBECA

Retirei a minha ultima mala de dentro do carro, parecia que tudo ia ser diferente dessa vez. Poderia sentir um aroma de mudança no ar. O vento sacudiu os meus cabelos loiros cacheados, passava a mão tentado acalma-los mas pareciam se rebelarem no ritmo das correntes de  ar gélidos daquela cidade. Não parecia muito movimentada, tipica de uma cidade de interior onde a maioria dos cidadões se conheciam porém não tão pequena. Nós mudamos para o interior do país, moravamos no litoral. Meus pais e meu irmão mais novo. A nossa nova casa era muito maior do que a anterior, tinhamos quartos separados e uma escada em espiral. Moravamos em uma kitnet no surburbio que ficava uns trinta minutos da praia, agora demora mais ou menos umas três horas daqui para a praia. Não ligava muito para praia ou clima veraneio que durava todo o ano, estava tão euforica que não conseguia segurar. Agora teria um quarto só meu.

Desfazemos todas as coisas e estavamos exausto, a casa era grande e parecia que nossos moveis não preenchiam complemente. Tinhamos que fazer compras.

Na manhã seguinte fomos fazer a minha matricula e a do meu irmão na nossa nova escola, o coordernador acompanhou eu e minha mãe por um tour na escola, meu irmão mais novo tinha ficado em casa com o papai. Tinham quadra de basquete coberta com arquibancadas, quarda de futebol e uma pista de atletismo. Tinham um enorme laboratorio, sala de video e uma sala para as aulas de gastronomia. Tinham ate o seu proprio jprnal escolar. Era a escola dos sonhos. Ele nos acompanhou também para a sala onde eu estudaria. Entrou, falou alguma coisa com o professor e fez um sinal para entrar. Disse em voz aula o meu nome, todos me saudaram com um grande boas vindas. Algumas meninas um pouco mais animadas que as outras, outras menos. Até que me deparei com uma delas, apenas uma. Tinha incriveis cabelos negros, olhos castanhos e uma beleza fenomenal. Sentia que ela era diferente das outras, dava para ver nos seus olhos. Precisava saber o seu nome. 

Mamãe estacionou perto da escola, estava frio naquela manhã de terça. Dei um beijo no rosto da minha mãe e desci com meu irmão. Não esperava a hora de conhecer novos amigos e saber mais sobre aquela garota. Coloquei mais um tic tac na boca, esse era de sabor laranja. Peguei na mão dele e estava pronta para a nova escola.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A.

E eu,tola e ingenua, tinha pensado que fechei tua porta. Boba,entrei novamente naquele amontoado de pessoas sem sequer esperar coisa alguma. Ou será, que bem no fundo, eu esperava te encontrar? E que desde o principio, quando topei ir em um lugar como esse,eu já esperava encontrar teu sorriso dentre os milhares que tinha daquela passeata?E na espera inconsciente de te encontrar acabo percebendo naquela minha consciencia meio bamba,meio louca de que o sentimento não lapidado ainda estava em mim.

Encontrei você sem querer, assim como a primeira vez que nos vimos, você não é a pessoa mais bonita que já vi. E nao sei nada a seu respeito. Mas você tem algo que me chama muita atenção. Talvez seja pelo arrependimento de nao ter te dado a chance que merecia, talvez seja por que você seja tudo aquilo mesmo. nunca saberei nao é mesmo? Nunca tivemos tempo para conversar,eu também nunca dei essa brecha para você.

Só queria descobrir que feitiço é esse que me lançou que agora meu coração palpita e me instiga a ir em lugares que pouco gosto só para te ver,mesmo que de relance.

Sou boba,uma tola,ingenua e ainda imatura.
Eu sinto muito. Talvez você nao sinta. Mas as vezes penso em nós. Será que quando você me vê ,mesmo que por alguns segundos,também pensa?

E quando te vi,naquela desordem de pessoas bebadas,eu tive o nostalgico sabor do teu beijo sem ao menos ter te tocado,somente com o olhar. E quando você me cumprimentou como quem não quer nada, me senti um lixo. Coração doído. dói,dói muito. E eu nao sabia o quanto.

Tola e ingenua,achava que tinha,milagrosamente, arrumado minhas coisas e fechado tua porta,dizendo um adeus silencioso. E aqui me vejo, no meio da chuva olhando para a silhueta daquele portal retangular que dá para o seu lar. para você.

E aqui me encontro,bebada e perdida. Beijando meninas que me lembram você só para a dor ser menor,só para eu fingir por um instante que te tenho.
só para fingir.