quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Estrada

Conte-me mais desse ódio que tu guardas
conte-me dessas lamúrias,desses apegos,dessas ilusões...
pode me contar tudo,eu vou te escutar.

Ultima chance para mim,ultimos minutos de mundo.
Pequenos traços de fim de dia.

Parece que estou perdendo algo importante,alguma droga,alguma matematica,algo de mim,dentro de mim.
Explicar?se eu pudesse explicar.Apenas assumo essa desordem que criei e sei que criei em você também.

Medo?sim,tenho medo.
Mas ainda sim continuo seguindo longe para longe de ti.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Refúgio 04

Guardo esse bilhete com se fosse parte de mim. Não tenho a mínima idéia do que pode acontecer, a única coisa plausível deve estar naquele banheiro. Despedi das minhas amigas e fui para lá. Nas paredes em volta da porta ainda tinhas as faixas amarelas tarjadas de preto. Empurrei a porta, não acreditei no que vi. Todo o banheiro estava escrito com um canetão verde. Piso, paredes, teto, boxes, pias e privadas. Exatamente tudo do banheiro tinha a mesma caligrafia e a mesma frase. Eu acredito em você! Os cacos de vidros antes nunca tirados do piso não estavam mais, apenas escritos. As parede que caiam estavam completamente novas, pias e privadas todas limpas e escritas. Eram como se o banheiro tivesse sido reformado completamente durante a noite. Era como se eu nunca estivesse ali. A unica coisa que não foi escrita era a porta branca atras de mim. Calma ai, tem alguma coisa colada nela. Um outro bilhete. Arranquei o pequeno papel amarelo, nele tinha pequenas letras que para mim não fazia nenhum sentido. Li o papel de frente, de trás e ainda não fazia nenhum sentido.  Me virei para o banheiro outra vez, guardando o papel no bolso. Nunca ninguém tinha feito algo tão extraordinário para mim.


Já sei o que fazer, coloquei a minha mochila no chão. Abri-a para pegar o meu canetão vermelho. Preciso responder o que acabo de ver. Droga, não estou achando. Retirei os meus cadernos e livros, abri os bolsos laterais e retirei tudo o que havia ali. Uns papeis amassados, doces e um estojo. Peguei o estojo, ele não era meu. Era de uma menina que esbarrei outro dia nos corredores. Prometi um dia devolve-lo, mas nunca tinha reencontrado ela. Coloquei-o de lado. Voltei minha atenção para a mochila, retirei tudo dela, por fim achei o meu canetão. Retirei a tampa e com letras cursivas e imperfeitas comecei a escrever na porta branca. Quem é você? Escrevi por toda a porta. Quando terminei, encostei-me em uma das paredes escritas. Tampei o meu canetão, e sem perceber estava olhando aquele estojo.




Peguei o estojo, sentada contra a parede eu abria-o. Tinha algumas canetas coloridas, lápis de escrever e um pedacinho de papel amassado. Não pode ser, ele tem a mesma cor do que eu acabei de retirar da parede. Nele tinha outras letras escritas eu não me fazia nenhum sentido também. Enfiei a mão no bolso, retirei o primeiro papel. Coloquei um do lado do outro. Li e não acreditei. Então aquela menina do estojo é a minha "confidente" ? Amassei os dois papeis, coloquei-os dentro dos bolso da minha calça. Rapidamente juntei todos os meus matérias e coloque-os dentro da minha mochila, abri a porta. Preciso acha-la. Comecei a correr, o mais rápido possível.


Nos bilhetes estavam escrito com letras cursivas e verdes
                                                     "Árvore"



sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Acreditamos em você, Cavaleiro.

" As canções dos mortos são os lamentos dos vivos."

Pensou assim Lucas, retirando mais um cadáver desfigurado do seu caminho. Enquanto caminhava ouvia o clamor de esposas que carregavam os seus amados do solo de batalha sangrento e lamacento. A lâmina de sua espada pingava sangue, sangue de inocentes. Seu trabalho estava feito, por enquanto. O céu negro demonstrava sua tristeza com incessantes relâmpagos. Derramando devagar pingos de chuva gelada que dissipava o cheiro de sangue fresco de batalha. "Será que o que fiz foi o certo?"

No céu negro uma pequena mancha azul celeste se realçava." Não se sabe pequenino, somente o destino dirá!". A mancha azul celeste começava a tomar forma a medida que se aproximava do jovem rapaz. Grandes asas azuis, garras e escamas. Era maior do que uma casa comum, aquele dragão ainda era um filhote. Seu pouso foi leve e suave, nunca uma animal desse porte tinha tanta delicadeza. Estendeu seu enorme pescoço para o rapaz, ele abraçou sua cabeça.Sua espada caiu no chão com um som abafado pelo terreno molhado. " Talvez você esteja certa, Esmer. Somente o destino nós dira, tenho medo do que pode acontecer no futuro." Era possível distinguir as lágrimas do rapaz da chuva. Lucas podia sentir os ferimentos de guerra antes ignorados pela adrenalina, tomarem o ápice da dor em seu corpo mortal.  "Não se preocupe pequenino, estarei contigo onde quer que você vá."

Apesar do medo Lucas tinha certeza que Esmer estaria ao seu lado. Abraçou-a o mais forte possível." Não se esqueça, nós ganhamos apenas uma batalha. O pior ainda estar por vir." Ele soltou a cabeça do dragão, apanhou sua espada e colocou-a na bainha. A quantidade de cadáveres no chão era enorme. Lucas continuava andando entre eles e, de vez em quando, reconhecendo alguns companheiros de batalha." Não sei se eu consigo Esmer, todas essas pessoas acreditaram em mim e agora estão mortas."

- Messi, Não!


Uma pequena menina de cabelos negros lisos, corre em direção do rapaz. Suas lágrimas mancham o seu rosto, limpando a sujeira que ficou coberta em sua face. Sua mãe tenta pega-la, mas tudo é invão. A garota agarra a perna do Cavaleiro, seu soluços eram muito audível. A mãe se contem, talvez um grande medo ou inestimável respeito. Ele solta a garota e se mantém do seu tamanho, agachando e olhando a garota nos olhos. " Esmer, vejo nos olhos dessa garota a dor que ela sente. É tão profundo." Ele limpou as lágrimas dela, sua pele era parda através de toda a sujeira.


- Senhor, - Sua voz trêmula sobre soluços, suas mãos tocavam suavemente o rosto do rapaz - Pode me fazer um favor?
- Talvez.
- Traga o meu pai de volta?
- Não posso. Ele foi... Um bravo guerreiro. Tenho orgulho dele.
- Então faça essa guerra parar, por favor?
- Vou tentar.
- Eu acredito em você.


"Acreditamos em você, Cavaleiro de Dragões."

Garota,

Minha visão embaçada diz que você está me olhando,garota.
Me corrija se eu estiver errada,mas você sorri para mim.
A batida da música,as conversas fora de mim,esse zumbido estranho no ouvido,
e ainda lhe escuto dizer que sou bonita.
Essa meiguice vai me conquistando aos poucos em meio a festa vencida.

Esqueci que dia é hoje,já parei de contar quantos copos eu bebi.
Não lembro como voltar para casa ou onde estão meus amigos,
mas sei qual é o seu telefone,mas o seu sorriso ainda me vem a mente.

Garota,me diga mais uma vez o seu nome,me deixe perder o caminho de casa....
Me mostre onde você vive,vem sussurrando essas coisas bonitas de que fala!
Venha recitando seus poemas,sua melodia vívida.

Seu sorriso vem me convidando para um beijo,
É,garota,você me ganhou,me mostre seus olhos feitos de céu...
Vem me esquentar com esses seus abraços e carícias
então vem!
Vem,antes que eu acorde e perceba
que isso foi apenas a loucura me pregando sua peça,
seu mistério.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Amor,

Meu bem,agora que tudo se foi e o que resta é apenas uma vaga lembrança de algo que um dia foi bom e uma tonelada de maus momentos...eu posso lhe dizer tudo o que vem em minha mente e você não pode verificar.Sabe,é engraçado eu começar a contar isso...sem nenhum motivo mas,começou em motivo algum não é?
Bem.Aqui estamos.

Olho para o céu,estou atrás de algo...
Já me enjoei de suas frases clichès....
Já enjoei de suas flores,de suas músicas...dos seus abraços...
o que dizer então dos seus poemas?o que dizer então do seu afeto?

Perceba o que está acontecendo por aqui...essa não é uma história onde uma garota se apaixona,quebra a cara e fica se lamentando...não,filmes assim já não tem mais história e provavelmente não existe mais garotas assim.
Meu bem,perceba.já faz tempo que eu já não dou a minima para você.Suas mentiras mascaradas não me atraem,já não acho mais bonito suas falsas caricias e estou cansada do seu drama.

Oh,não se lamente.Oh,não finja interesse.Acabou,ok?você mesmo não disse isso a mim? então por que corre em volta do meu muro esperando um lugar para entrar?

não digo que foi tudo falso...da minha parte,foi verdadeiro...e o que eu posso dizer?fiz mais por mim do que para você,então nem tente aumentar o seu ego.

Eu queria um peito para descansar...esperar um abraço,uma compreensão.Eu achei frieza.Não,não precisa se desculpar.Eu realmente não ligo.Agora,por favor,não me venha por colocar culpas.
Meu coração está em pedaços e estou com cabeça para cima.O seu coração sempre esteve por inteiro...Você está em vantagem,então por que sou eu que estou dando um basta nisso?Em meio as lágrimas do fim do dia e o silencio em meio ao frio tentava lhe dizer enquanto virava as costas para mim agora,quem está de costas?
parece que então vamos para direções opostas sendo que no inicio era o mesmo trajeto como as coisas mudam não?
Não quero demorar aqui,tenho um monte de lugares bonitos para ir...
Alias,aqueles lugares que você me levou não direi que ficaram feios,mas digo que já não tem sua presença,não vem com saudade nem pitada de dor.
Aqueles pequenos pedaços de você,aqueles cacos de espelho quebrado...foram simplesmente ficando para traz,então Amor,não volte a me ver.A menos que você me queira em beira da indiferença.

estou cansada,disso que você chama de paixão.
então,Amor...pare de me mostrar essas lindas músicas,esse céu estrelado...por que para mim,serei apenas mais uma.Se tem um pingo de amor próprio,pare de me enviar aquelas cartas,pare de tentar deixar seu cheiro na minha alma.

Então,me diga...como é a sua terra?

É,foi o ano-novo.Vou sentir saudades de tudo o que eu passei nesse um ano,promessas?besteira.quem precisa de promessas?todos se esquecem mesmo de cumpri-las.pequenas superstições a parte,eu estava de preto na virada,não sei exatamente o que isso significa.Descobri que também não dou a minima.Tempos loucos estão por vir,ao começar por essa chuva...

2010 foi um ano,que para mim,será eterno.Assim como 2009,assim como 2008.Sempre gostei de aproveitar os minimos detalhes,aproveitar meu próprio tempo,apesar de aparentar uma pessoa muito pessimista...

Amor?que porra é essa?não sei o que pensar,não sei o que escrever...afinal,escritores não podem escrever aquilo que nunca viveram...Mesmo Tolkien,Shakespeare e J.K.Rolling viveram,de certa forma,o mundo deles.

Não sei escrever.Meus textos são amadores os mesmos de um bilhão de pessoas que tem um blog.Não penso em escrever para agradar,não penso em simplesmente mentir em palavras o que eu poderia ter sentido,ou vivido.E sempre penso em não colocar minha vida dentro dessas linhas.Mas é claro,a última se torna muito mais muito dificil de fazer.Exponho minha vida intima a quem quiser ler.Tecnicamente,já sabem quem sou e como sou.

Então,vamos lá 2011.Me mostre o que você tem de melhor,me conte as histórias,aliás,não conte...deixe que eu mesma escreva sobre essas aventuras nessa fascinante terra do além.

continue,e apenas continue.Aqui vamos nós.Deitando no sofá,fechando os olhos e esperando que as batidas que alternavam em pesadas e suaves mergulhassem em meus próprios ouvidos como se estivesse despejando um liquido intenso,se eu fosse dar uma cor,seria um azul fosco que tem uma certa curiosidade.
Mais uma vez naquela cabana,esperando o leite chegar,comendo um pão que já demonstrava certo bolor.Eu não estava com pressa.comia lentamente a espera de algo...do meu próprio tempo.Nessa de lugar nenhum eu me vestia como uma camponesa exposta sem nenhum brilho ou beleza...a neve caía lentamente criando um tapete branco e com certa espessura.eu?apenas observava como se eu não tivesse nada melhor que pudesse fazer,como se esperasse a mágica.Sonetos iam e vinham conforme a canção,faltava,lucy.Peguei meu agasalho e saí,desmontando a pequena cortina de feitiços brancos,atrapalhando-os em seus objetivos pré-definidos por algo superior a ambos.Começava então...essa pequena e doce aventura.Quem sabe o que essa floresta poderia me aguardar?