quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tulipas vermelhas.


Peguei um papel em branco e uma caneta. Comecei a rabiscar algumas palavras , mas não saia nada de interessante. Melhor escrever outra coisa. Amassei a carta, peguei outra folha. Caprichosamente comecei a escrever para ele.

"Preciso de você, preciso me sentir amada novamente. Beijar outras bocas, não é o mesmo que beijar você. Não me faz sentir o fogo que queimar em meu peito. Que faz meu sangue aquecer e o coração disparar. Talvez foi um erro tentar te esquecer. Mas para falar a verdade, lembrar de você é o que me faz caminhar em frente. Todas as coisas que passamos juntos me fez crescer, me fez amadurecer.

As vezes sinto o seu cheiro no ar, ouço sua voz freqüentemente em meus pensamentos.Um desejo do fundo do meu coração : Queria você de volta, ao meu lado. Cansei de tentar te substituir, você é único. Sem igual. O único que conseguiu me fazer feliz, me realizar, me amar. Te amo e sempre te amarei ..."

Isso foi o que consegui escrever. Dobrei o papel e coloquei dentro de uma carta. Peguei no cabide um casaco, a minha bolsa em cima da mesa e a carta que acabei de escrever. Andei por algum momento nas ruas agitadas de Brasília. Passei em frente a uma floricultura, comprei um ramalhete das suas flores preferidas, tulipas vermelhas. Lembro do nosso primeiro encontro, onde você seguravas as flores na chuva fria e eu não parava de rir. Agora sei que tudo isso será apenas lembranças. Finalmente cheguei ao meu destino. Pequenas gostas de chuva caiam do céu cinza. Parei em frente ao seu túmulo. Me ajoelhei e coloquei no chão a carta e o ramalhete. Acabei de lembrar as ultimas coisas que tinha escrevido na carta.

" ... Te amarei para sempre, por que eu te amo de verdade e nunca, NUNCA vou te esquecer..."

E essas foram as suas ultimas palavras, lembra? Enxuguei um lágrima. Você faz muita falta Charles. Mas NUNCA vou te esquecer porque eu te amo de verdade. Adeus.

Escrito por Rafael Afonso - Raf 's.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Capítulo 3 - Te amo de verdade!

Continuação de "Capítulo 2 -Dor."

Estiquei o dedo pra tocar a campainha, estou a meia hora parada na porta de entrada da casa dele. Não sei o que fazer, estou muito nervosa. Respirei fundo. Ergui a cabeça, era agora ou nunca. DIN DON . Toquei a campainha. É tarde demais para voltar atrás.

A maçaneta girou, parei de respirar. A porta se abriu, era ele. Fiquei muito surpresa, ele estava chorando. Um grande sorriso surgiu em seu rosto quando me viu. Não aguentei mais, o abracei o mais forte possível. Ele era o que eu precisava, o alimento do fogo do meu coração.

- Rebeca, eu...

Não deixei ele terminar de falar. Beijei-o. Foi o melhor beijo de toda a minha vida. Um beijo de amor verdadeiro. Parou de me beijar, me abraçou novamente. Muito forte.

Ele me levou ao quarto dele, abriu a porta da varanda. Uma brisa noturna entrou no quarto. Me sentei na cama , ele puxou a cadeira do computador e sentou na minha frente. Passou a mão em meus cabelos. Amava seu sorriso.

- Eu te liguei sabia.

- Éh... sabia. - Disse sem graça.

Me deitei na cama, olhei pela porta da varanda. O céu estava estrelado. Ele deitou ao meu lado. Me virei para ele.

- Eu quero.... - Ele colocou o dedo na minha boca, pedindo silencio.

- Só quero que você saiba de uma coisa. Que eu realmente... - Seus olhos brilhavam. - Te amo!
Meu coração bateu forte. Nunca tinha me sentido assim.

- Eu...
- Te amo Rebeca, te amo de verdade. - E me beijou.
Seus braços me envolviam, me senti protegida. Me senti amada.A partir desse momento, soube realmente o verdadeiro significado de vida. Passamos algum tempo conversando, acabei adormecendo sobre o calor do seu corpo.

[...]

Continua em "Capítulo 4 - Rosa Colorida".

Escrito por Rafael Afonso - Raf 's.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

eu te encanto,como você me encanta?

Me dê a honra de dançar contigo
Me dê a honra de estar presente em teus sonhos
Me dê a honra de estar com vc.

Por que tudo o que mais quero é você.
Por todo tempo...por qualquer tempo.
Em todo lugar,em algum lugar.

Por que o que importa é você.
Sei que não posso te alcançar
sei que não consigo te tocar
nem ao menos encarar seus olhos
e sentir seu sorriso.

Sei que por mais que eu queira
não vou poder ficar com você
sentar ao seu lado
Te abraçar
ou ver o seu sorriso.

Me ensina de novo a sentir o calor do sol
O vento no rosto
me ensina de novo a falar aquelas palavras dificeis
a fazer aquele macarrão de molho.
Me ensina a viver sem você,me ensina a viver o vazio

Mas você jamais saberá não é?
Jamais poderá me ensinar não é?

Como poderei ver de novo a beleza de viver
se você já não está mais presente
se eu não posso te sentir...

Por que...as melhores coisas da vida estão todas mortas?

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melhores artistas
melhores presidentes
melhores amores
melhores...hm..tenis?
Nota: o marcador está como indecisão foi por que eu não tive a capacidade de saber que tipo de texto é esse. :X

Escrito por Isabela Canto - Haru

Capítulo 2 - Dor.

Continuação de "Capítulo 1 - Chuva. "

Matheus não para de ligar, fico sentada na cama reprimida observando o telefone na escrivaninha tocar. Chamou ate cair a ligação, caiu na secretaria eletrônica outra vez. Não quero mais ouvir a voz desse garoto. Era meu aniversário, quando ele apareceu. Me fez acreditar em um amor que poderia mudar a minha vida. Me doei de corpo e alma por ele, mas foi tudo em vão. Meu coração foi partido em pedaços quando ele disse aquelas palavras.

"[...]

- Rebeca, eu...eu...

Fiquei estática.
- Sim...
- Eu - Respirou fundo de novo. - Eu sou o pai do filho da Luísa. Me desculpa.

[...]"

Naquele instante foi como se toda felicidade fosse sugada da minha vida e tivesse deixado apenas a tristeza, a solidão e a traição. Não tenho mais coragem de seguir em frente. Todos os meus sonhos com o amor perfeito que tinha construído durante toda a minha vida foi jogado pelo ralo como uma mercadoria estragada, sem volta. Não tenho mais vontade de continuar. A semanas estou trancada nesse quarto sem ver a luz do sol, simplesmente quero ficar aqui, sozinha. Outra ligação, não vou atender. Será que ele não entende?

Me levantei da cama, peguei o telefone.

- O que você quer comigo? Será que você não entende que não terá mais volta. Estou sofrendo viu? O que você quer de mim agora?

-Me desculpe. - Parei de gritar, não era a voz dele. - Rebeca, quero que você realmente me desculpe.

- Quem é que está falando? - Limpei as lágrimas do meu rosto.

- Luísa, o que o Matheus te disse é mentira, foi tudo culpa minha.

- Como é que é?

- Foi tudo culpa minha, estou arrependida por tudo que fiz. Eu amo ele, mas nunca seriamos felizes juntos. Ele te ama e não tem como mudar isso. Me desculpe.

O telefone caiu da minha mão. Estou confusa. Não estou acreditando no que acabou de acontecer. Se isso for verdade, então quer dizer...?

[...]

Continua em "Capítulo 3 - Te amo de verdade".

Escrito por Rafael Afonso - Raf 's.
...

domingo, 25 de julho de 2010

Te desafio a me amar.


Bem,antes de mais nada.Essa é a minha primeira tentativa de escrever algo nesse blog.Então...se ficar bom ou ruim...culpem o rafael.Eu sou do blog www.clube-d-a-luluzinha.blogspot.com e eu tô aqui... Êêê \o/ ok.Texto.

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Era simples.Fácil de fazer...dificil de dizer.
Palavras tão fortes assim não poderiam ser ditas por vozes tão altas
Nem mesmo deve ser escrito,falado,comentado,nem ao menos pensado.
Mas então,do que adiantaria sentir?se você não pudesse demonstrar?
As vezes me acho idiota.

três palavras.sete letras.Um sentimento.
Olhei o céu nublado.Olhei o lirio em minhas mãos.Só precisava tocar
a maldita porta.

Como eu poderia dizer isso?agora perdi a coragem,perdi o folego,perdi
o chão.era bem mais fácil quando eu repetia isso em frente ao espelho
senti minhas bochechas ficarem vermelhas.senti a vergonha apertar.
Meu coração começou a bater mais rápido...E se...ela me rejeitasse?

Não...Não havia espaço para " e se der errado e eu me fuder "...Havia
espaço de sobra para agir..E naquele momento,era crucial.

Bati...3 toques de leve,o quarto pesado.Havia uma certa urgencia em
meus movimentos que eu nunca havia notado.parecia mais um...
Desespero.

A mulher abriu a porta,cabelos molhados,olhos de uma pessoa cansada.

- EI,menina,oq fazes aqui?

Abriu um sorriso sapeca.E meio sem entender,aquele jeito dela inocente
ela olhou meu lirio.Era só um.Não precisava de mais.

- Vim,especialmente,para te entregar esta flor.
-Só por isso?

eu estava vermelha,dava para sentir.Eu não conseguia engana-la.
inconscientemente sorri.Como era linda essa mulher.

-Lógico que não.

Ela sorriu.Me puxou para dentro e me beijou.Pus meus braços em volta
de seu corpo,apertei.Era ótimo estar junto.ainda mais dela.

-Então... - tomou espaço para conversarmos.-o que significa o lirio?
-Significa...te desafio a me amar.E o outro motivo do por que vim foi,
dizer a você,pessoalmente,que te amo.

Nos beijamos,no meio da sala,sentadas no sofá,com uma musica em minha cabeça
simples,maravilhoso,completo.

E mais uma vez,palavras tão fortes nunca devem ficar guardadas dentro de você.

Eu te amo.Sempre te amei.E para sempre irei te amar <3

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Capítulo 1 - Chuva.



Os cabelos dele estavam molhados, ficavam lindos assim.Ele tocou meu rosto com as pontas dos dedos. A chuva deixou sua pele fria e umida. Ele sorria para mim. Seu sorriso meio torto era fascinante. Ele é ... Perfeito, simplesmente perfeito. Seus olhos azuis me fascinava completamente, poderia passar horas admirando seus olhos azuis.A chuva fica mais forte, limpei meu rosto com a manga da minha blusa. Não adiantou nada, estava completamente encharcada com a chuva. Ele retirou um pouco do meu cabelo que estava sobre meu rosto. Suavemente foi se aproximando de mim, fiquei enrubrecida. Eu o amo de verdade. Daria o mundo por ele. Estávamos nas entre quadras da w3 sul. A chuva estava constante. Ele passou a mão no meu rosto e sorriu. Estou explodindo de alegria. Nunca tinha ficado nesse estado. Eu o amo mesmo. e acho que ele me ama também.

Ele estava muito próximo. Ele abriu a boca, iria falar algo. Com certeza ia me dizer que me ama. É isso. Ele vai dizer que me ama. Impossível não ser isso. Ele fechou a boca. Respirou fundo. Está tomando coragem pra me dizer, que lindo! Ele agora olhava nos meu olhos. Abriu a boca novamente. É agora! É agora!

Ele se aproximou ainda mais de mim. Colocou sua boca próximo de minha orelha.
- Rebeca, eu...eu...

Fiquei estática.
- Sim...
- Eu... - Respirou fundo de novo. - Eu sou o pai do filho da Luísa. Me desculpa.
...

TUM! Por um momento não escutei o som da chuva caindo. Ele falava mais algumas coisa, não escutava. Esqueci por um momento de respirar. Isso não é verdade, não pode ser verdade. Perdi totalmente a comunicação com o mundo por um momento. Meu corpo começou a agir involuntariamente. Lágrimas jorravam de meus olhos, uma vontade sufocante de gritar ficou presa em minha garganta. Ele me abraçou forte. Meu corpo não conseguia mais suportar o meu peso. Ele me largou, andou um pouco de costas ainda me olhando. Cai de joelhos no chão. Ele simplesmente virou-se e foi embora de cabeça baixa. Naquele momento o meu mundo acabou.
[...]

Continua em "Capítulo 2 - Dor ".

Escrita por Rafael Afonso - Raf 's.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Esqueça.

Parei de sentir aquele vazio de antes. parei de prestar atenção em você na rua, como você se sente, já que não é mais especial no meu coração?

Como você se sente? Já que não fico mais eufórica quando entro no MSN, quando não te ligo em tardes nubladas. Como você lida diante da indiferença?

Indiferente. Não tenho mais sentimento bonito que tinha por ti, já posso olhar para você sem perder o chão. Não se sente menos poderoso? Agora posso beijar outras bocas, procurar outros braços, sem me preocupar com a insana imaginação batendo em minha porta, dizendo que você se preocupa. A realidade é, você nunca se preocupou de verdade comigo. E enquanto eu apodrecia, você aproveitava sua via. Já parou de manipular outras meninas? Já cansou de dizer falsas promessas? Bem, eu já cansei de ouvi-las.

Agora posso sentir outros beijos e cheiros sem me preocupar com o que você pensa. Não me crucifique, não fale como se sentisse de fato. Não me deixe pesar na chuva.

Tua voz já não me engana mais. Não percebeu ainda? Você é cego por acaso?
Você já não consegue mais me tocar. Ainda não percebeu o quanto teve que correr?

Arrogante. Falso. Manipulador. Traidor. Insensível. Sabe quantas lágrimas derramei por você? Provavelmente não, e nunca saberá. Eu já não penso em você, penso em outros. Diferentes? Não me importa, não irei trata-los como tratava você.
Quero parar de sentir tanta dor, quero parar de sentir culpa. Porque eu ainda sinto? Não me venha com abraços e caricias, faça-me um favor, injete a morfina.

Porque mesmo lhe desprezando, ainda sinto dor? Porque não consigo andar sem olhar para trás? Porque sua imagem ainda aparece em minha mente quando beijo outros homens? Porque ainda invade meus sonhos?

Deve ser porque ainda te amo. Te abandonei sem abandonar. Tente me esquecer, assim como ainda tento lhe esquecer. Oras estou em desvantagem, você de certo conseguirá mais rápido. Então, faça-me logo um favor, injete a morfina e me deixe nadar nos meus próprios mares.

Escrito por Isabela Canto - Harusame.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pôr do sol.


Uma brisa balança os meus cabelos negros. Ela sorriu quando olhei para ela. Havia um toque de esperança naquele olhar. Levantei da minha cadeira, deixei o resto do hamburger em cima da mesa. Fui ate ela, percebi que sua respiração estava ofegante. Fingi que não havia reparado, não deixei de notar que ela não consegui me olhar nos olhos. Suas atitudes eram visíveis, ela estava APAIXONADA. Sentei ao seu lado. Estávamos em baixo de uma árvore admirando o pôr do sol que se formava sobre o lago cristalino. As flores caiam rodopiando, conforme a brisa. Peguei uma flor e lhe entreguei. Suas bochechas rosaram. Pedi que me olhasse nos olhos, me aproximei encostando nossos narizes. O único som que ouvia era as batidas aceleradas de seu coração. Afaguei o seu cabelo com o toque de meus dedos. Seu cheiro era inibriante, não resisti. Beijei-a. as flores ainda caiam sobre nós, refletindo sua forma nas aguas do lago, ao por do sol.
[...]

Escrita por Rafael Afonso - Raf 's.

Um pedaço de "Caçadores"

[...]
- Will, estou com medo!
"Como assim? As coisas não andam nada bem. Depois que Samantha ficou cega, foi como se sua alma fosse sugada de seu corpo. Ela nunca demonstrar fraqueza. Algo de perigoso está acontecendo e eu não sei o que que é. Isso me deixa muito assustado. Preciso não desanimar. Não desanimar. Ela precisa de mim. Ela precisa de ..."
William largou as grades e cai de joelho no chão. Enxuga as lágrimas com a manga da blusa de frio. Ele olha para a garota. Ela esta encostada na parede com os braços cruzados em volta das pernas. Samantha olhava para o vazio, seus olhos eram completamente brancos. Seus dentes batiam uns contra os outros. Ela encostou sua cabeça nas pedras sujas de sua cela. Era uma noite de inverno.
- Will, não se preocupe. Vamos sair dessa. - Sua voz saiu abafada.
O garoto parou de chorar. Ele foi em direção a menina, sentou-se ao seu lado e abraçou-a. A garota encostou a cabeça no peito de William.
- Sam, você tem razão. Vamos sair dessa.
[...]

Escrita por Rafael Afonso - Raf 's

terça-feira, 20 de julho de 2010

Possibilidades ou Indecisões?


Escrever uma historia não é simplesmente ter uma idéia e colocar palavras aleatórias em um pedaço de papel em branco. Precisa de uma grande sistema por trás de uma pequena idéia. Uma donzela não pode simplesmente ser salva de seu dragão por um príncipe e viverem felizes para sempre.Ela pode se casar com o seu príncipe encantado e viverem felizes para sempre ou podem se casar e viverem infelizes. Ou a donzela pode ter uma morte trágica ou descobrir que nunca vai ter um príncipe encantado. Um final de uma historia pode ser muito diverso. E essa diversidade pode tornar a sua historia um das melhores historias ou pode se tornar mais um livro em uma estante cheia de poeira.

E é essa possibilidade de uma boa historia que os finais de minhas historias nunca serão previstos. Ou a indecisão de um herói em fazer a coisa certa ou a coisa errada que pode torna a historia uma porcaria. Possibilidades ou Indecisão?

Nenhuma das duas, mas sim o destino.

domingo, 18 de julho de 2010

Uma historia de amor?


Dizem que uma historia de amor sempre a mocinha tem que terminar com o seu príncipe encantado. Mas realmente isso é uma historia de amor? Uma mãe que se sacrifica por seu filhos também não é uma historia de amor? Uma pessoa que resolve adotar uma criança também pode ser considerada uma historia de amor?

Bom, depende de cada um o que é uma historia de amor. Mas o que escrevo não existe príncipe encantado ou mocinhas presas em uma torre guardada por um dragão cuspidor de fogo, ou uma mãe que se sacrificou por seu filhos, ou uma adoção de uma criança. Talvez seja melhor do que isso, talvez seja amor de verdade. Aquele que pode mudar vidas e pode construir coisas que foram dadas como impossíveis de existir.

Sim, é isso que escrevo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Trecho.


Um pequeno trecho de uma das minhas historias.

"Caçadores"

[...]

Eu só queria que a minha última visão não tivesse sido tão tenebrosa.

Sorte que eu ainda lembro as coisas lindas que vi...


Minha cama no hospital era macia e muito aconchegante, provavelmente branca.

Senti a agulha me espetar na veia, maldito seja esse soro.

Levantei meu braço esquerdo como se eu ainda tivesse esperanças que tudo isso não passava de um mal entendido, como se fosse efeito dos remédios.


Passei minha mão sobre a altura dos meus olhos um par de vezes e sempre era como uma escuridão, nada mudava.


Senti as lágrimas reprimidas e as segurei como de costume. Não podia demonstrar fraquezas, não deveria me expor no auge da minha vulnerabilidade. Suspirei. Alguém pegou em minha mão, sua mão era forte provavelmente de alguém trabalhador.


-Sam... Como você está?

-Como você acha que eu estou? Fabulosa.


Oliver apertou minha mão mais forte, como se ele precisasse das minhas forças.

Ele era sem dúvidas a única pessoa que eu podia contar. Reti as lágrimas mais uma vez.


- Merda, como eu odeio... Isso.

- Isso o que?

- Ser cega, assim não dá para ver a sua cara de chorão.


[...]


Escrita por Isabela Canto - Harusame