sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dois homens, uma decisão !

Caro Rapaz de Cabelo Estranho,

Não sei o que eu quero da minha vida, não sei se escolho entre você e o meu namorado. Afinal de contas, librianas nunca escolhem. Sempre a duvida, sempre a balança. Será que escolho o amor ou a paixão? Amo meu namorado, mas existe algo em você que me atrai. Algo magnético, não sei dizer.

Não consigo escolher entre vocês dois. Se dependesse de algumas pessoas nós nunca teríamos nos conhecidos. Já fui xingada ate a minha morte, já fui alvo de macumba, já chorei durante a noite e tudo isso por sua culpa. Tenho que toma uma decisão na minha vida, eu preciso disso. Não posso mais continua nessa situação. Então a partir de hoje lhe peço que não continuemos juntos. Peço-lhe que não fiquemos mais, apesar de não fingir que ainda me preocupo com você. Afinal, acho que sei o que eu quero da minha vida!

Grata,
A Menina mais Fofa do Mundo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Tenho medo...

Querido Pablo,

Tenho medo de acordar e descobrir que tudo que eu sonhei um dia nunca existiu. Tenho medo de amar e não ser correspondida, de nunca mais sorrir um dia, de descobrir que nunca tive amigos. Tenho medo simplesmente pelo fato de ter medo.

Tenho medo de altura, de sapo, de fantasmas e de baratas. De morcegos, cobras e ratos. Tenho medo de ser assaltada. Tenho medo de trovões, do escuro, de psicanalistas. De dentistas, cobaias e cemitérios. Tenho medo de não consegui acordar, de pesadelos, de ficar cega. Tenho me da solidão. Simplesmente tenho medo.

Não sou a mulher que você sempre sonhou, não sou a corajosa que você sempre quis. Mas não vou deixar de ser quem eu sou por sua causa. Se você realmente me ama, me aceite do jeito que sou. Ou isso que você sente não pode ser nomeado de amor. Estarei sentada na minha cama, de luz ligada, esperando um telefonema tocar. Morrendo de medo de acordar e descobrir que isso foi um sonho.

Beijos,
Mariana.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mero enfeite

Você nem lembra mais de mim...gostava de nós quando não tinhamos preocupações,quando não andavamos em círculos.
Gostava de nós quando o tempo não passava e o futuro era sem mágoas

Gostava de nossa felicidade,de nossas alegrias,de nossas brigas,de nossas lágrimas...de nossas dores.
de todas as nossas cores.

nosso futuro foi chegando sem nem mesmo avisar.
sem ter um Rumo certo,apegado à frieza de partir nossos corações.
inocentes,fomos nos perdendo em meio ao jardim..em meio ao nosso jardim secreto.
agora este celebrado de duvidas,de rancores,de amaguras.
enfeitado com a falsidade,nosso orgulho sem sentido,de nossos amigos não-reais
as cobras rondavam o local que eu misticamente chamava de nosso,que eu chamava de meu.
Dói aqui dentro
não tenho palavras para expressar essa tenebrosa visão
que vai tomando conta do meu mundo.
ei,onde vc está dentro de nosso jardim?
eu nao lembrava dele tão grande..tão denso,tão cheio de nada.
Eu gostava quando eu era especial para você.
agora eu não passo de um mero enfeite em seu jardim amaldiçoado pela doce hipocrisia
e eu ainda me disfarço para não arder no inferno que é sem te ter.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Por dias mais românticos...

Mais encontros, menos procura;
Mais conversas, menos papo furado;
Mais flores, menos esquecimentos;
Mais bailinhos, menos distância;
Mais vestidos, menos amarras;
Mais namoro, menos sexo;
Mais cartas, menos internet;
Mais poemas, menos notícias;
Mais beijos, menos pegas;
Mais mãos dadas, menos adeus;
Mais passeios, menos baladas;
Mais cineminha, menos sacanagem;
Mais orgasmos, menos vergonha;
Mais surpresas, menos traições;
Mais escapadinhas, menos tensão;
Mais entrega, menos jogos;
Mais eu quero, menos eu não posso;
Mais verdades, menos julgamentos;
Mais coragem, menos preguiça;

Mais aqui comigo, menos não dá mais..
Mais vontade, menos, bem menos, más intenções…
Mais eu, mais você, mais nós;
Mais corações felizes, mais velhos tempos;
Mais dias melhores. Romanticamente melhores!

Done.

Barbara Guedes >> @babii_guedes

Será que é normal sofrer por amor?

Caro P.  ,

Será que amar é sinônimo de sofrer? Se não é, pra mim parece ser. Sofro quando o vejo aos braços de outra, sofro quando caem suas lágrimas não poder enxuga-las. Sofro quando olho em volta e percebo que o nosso tempo juntos parece não ter significado nada para você. Dizem que amor de verdade não é se preocupar com a sua felicidade, mas com a do outro. Não consigo compreender isso. A sua felicidade é ao meu lado, comigo.

Hoje em dia nem nos falamos, nem nos olhamos. Parecemos desconhecidos. Fico imaginando o que EU fui realmente para você. Amor? Paixão? Ou simplesmente mais uma? Saiba que você teve o seu significado na minha vida. Você foi o meu melhor amigo, meu confidente, meu amante, meu mundo, meu sonho. Te vejo nos braços dela todos os dias, meu coração sangra todas as vezes como se fosse a primeira vez. Me faço de forte para não chorar na frente dos meus amigos. Me faço de cega para não vê-los juntos. Me faço de desentendida quando falam o seu nome ao meu lado.

Espero que um dia você possa ler essa carta e descubra o que realmente é sofrer por amor.

Um abraço, 
Zatanna.

sábado, 23 de outubro de 2010

Efemero.

Me perdi nesse desapego que insisto em dizer que não existe,que insisto em fechar os olhos.
dentro de mim há apenas uma confusão louca de emoções e memórias que eu não tive o cuidado de organizar ou deixar de lado.O mundo pareceu tão efemero depois que você partiu de dentro de mim.Quer dizer,partiu por escolha própria e resolveu me abandonar de dentro do seu Eu.E me parecia quer dizer,ainda parece,que ver você agora é como se te visse pela primeira vez.E eu sei que são as mesmas manias e histórias de antes,e o fim?bem,o fim ainda continua igualmente seco,igualmente frio.

Me apeguei à mim mesma,como se tivesse alguma coisa para me apegar.fechei-me do mundo para que este não me matasse novamente,para que então eu possa pará-lo,ao menos dentro de mim,essa coisa corriqueira e cheia desse vazio.
superar?eu já superei.De um jeito irônico que sempre faço.
Mas ainda não posso mentir que não gosto mais de você,não tenho como dizer isso.Por mais que você possa me humilhar depois.Me fazer sofrer mais.Isso é algo que não dá para mentir,que se foda essa minha carapuça de orgulho.

Um segredo?Cada vez que você me causa dor com esses seus jogos que ainda não compreendo,uma garota tem o coração partido.

É triste ver uma tapada no espelho.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Refúgio 01.

Vou anotar,antes que eu me esqueça.Dessas coisas que só acontecem em filmes.
Vou escrever,antes que eu me esqueça.Dessas coisas que eu vivi.
Desses pequenos momentos marcantes.Frascos de felicidade.

Eu precisava me isolar...
precisava de um momento sozinha,longe de tudo.Mas parecia algo bem complicado,visto que eu conhecia metade da escola,era muito dificil arranjar um lugar que eu possa chamar de meu.Onde ninguém entraria,como um refúgio.
O mais próximo disso era o box do banheiro feminino do 3º andar. Precisamente,o quarto. Ninguém nunca subia naquele banheiro, poderia estar segura por um momento. Abri a porta do banheiro, o espelho estava um pouco sujo pelo falta de uso do local. O chão encardido e a luz fraca. Entrei no quarto box, fechei a porta e me sentei no sanitário.Chorei,derramei as tristeza que me afligia há dias...Essa coisa incompreendida que nascia dentro de mim.Essa crise.Não consegui pensar em muita coisa,simplesmente derramava lágrimas que desciam em minha face morena caindo rapidamente no chão há muito esquecido.O silêncio era quase divino.Não pensei quando peguei o maldito canetão da minha bolsa.Escrevi coisas que vinham do fundo d'alma.Não sabia muito bem sobre o que escrever,apenas escrevia.Primeiro foram palavras,que não fizeram muito sentido.Depois frases.E uma a uma iam se juntando até formar um texto que era um reflexo de minha própria pessoa. Tampei o canetão, coloquei de volta a bolsa. Abri a porta do box, limpei meu rosto sujo de lagrimas e sai do banheiro.

Sinceramente me senti um pouco mais feliz, por não estar voltada por pessoas interesseiras e fúteis. Por estar apenas comigo mesma. Afinal, qual é probabilidade de uma pessoa da escola entrar naquele banheiro e ler as minhas "confissões"?Provavelmente nulas. Quase nenhuma.


"Ninguém nunca se preocupa comigo...Por que somente eu devo sentir as magoas das pessoas?pode até ser que uma boa moça comporte-se desse jeito.Meigo.Mas,quer saber?cansei dessa meiguice.Cansei dessa pessoa que não sou eu.Alguém poderia me escutar?Claro que não.As pessoas não têm tempo para alguém fraco como eu..Chega disso.Chega.Só preciso aguentar mais um tempo,não sei bem quanto tempo.Mas aguentar.Que essas dores sumam e eu possa ser aquela pessoa de sempre.Estou tão sozinha"

...Ou pelo menos era o que eu pensava.

"Eu me preocupo.Você não está só."


Continua...

Uma atitude.

Não sei o que estou fazendo aqui,não sei como vim parar aqui.Não sei mais das verdades e palavras que digo.Também não sei mais de minhas emoções ou pensamentos
Resumindo: Eu não sei mais de nada do que acontece na minha e nas outras vidas.
Meu mundo ficou sem chão,de cabeça para baixo sem nem mesmo ter um baixo.
O céu infinito vai colorindo a terra,o asfalto,os prédios,as pessoas.
Não sei dizer o que estou fazendo parada,olhando você passar diante dos meus olhos.Eu sei dizer o Porquê de estar ali,mas não sei dizer o por quê de estar parada se eu deveria estar em movimento.Movimento para pegar em sua mão,movimento para olhar para seus olhos.Ter aquele momento que nós duas já sabemos o que quer dizer,mesmo ainda muito confusas.Ter o movimento de lhe dizer,em cada letra,silaba,palavra,ou frase o que eu realmente queria lhe dizer,e não aquele embolado que sempre digo.
NÃO! ter o movimento de te beijar.E somente te beijar.Esquecer o mundo,esquecer as cores,esquecer meus pensamentos,esquecer minha consciencia,esquecer...enfim,tudo.
Pronto,agora já disse.E não precisei de absurdo algum,de fala alguma para lhe dizer.
só precisei de um gesto,será que seria muito,você fazer o mesmo?

Movimente-se,chega de esperar,chega de iludir,chega,chega,chega,chega!
simplesmente faça o que a droga do seu coração manda.MERDA!
será que é pedir demais uma atitude minha e sua?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Por que eu ainda guardo essa caneca?



Nosso relacionamento já acabou, pelo menos eu acho. Não tenho mais motivos de guarda esse presente. Calma ai, não foi qualquer presente, tenho essa caneca desde o dia em que nós conhecemos. Estávamos no parque de diversões. A primeira vez em que vi você estava na fila para entrar na montanha russa com seus melhores amigos, eu tomava um suco de laranja enquanto esperava minhas amigas saírem do bate-bate. Simplesmente achei que era apenas uma atração, mas era superior a isso. Não sei o que dizer, não sei descrever. Somente senti. As meninas saíram do bate-bate, fomos para o tiro ao alvo, elas queriam ganhar algumas lembrancinhas. Era a minha vez de atirar, tinha três balas na arma. Atirei, errei o alvo. O segundo tiro passou muito longe, sou péssima nisso. Faltava a ultima bala, apontei, mirei, minha mão tremia, assim ficava muito difícil atirar. Coloquei o dedo no gatilho, foi quando sua mão cobriu a minha. Seu jeito forte e seguro, me fez acerta o alvo. Praticamente te beijei por ter ganhado, fiquei sem graça ao perceber que nem ao menos sabia seu nome. Virei-me para o vendedor, pedi um ursinho de pelúcia. Não tinha, tinha apenas uma caneca de porcelana laranja escrita com letras cursivas “te amo”. Você me entregou, fiquei vermelha.

Usava essa caneca em todos os lugares, não vivia sem ela. Fazia parte da nossa vida. Ainda não sei o porquê eu ainda não a joguei fora, não temos mais nada juntos. Coloquei um pouco de café na caneca, às vezes ainda podia sentir o seu cheiro nela. Deve ser coisa da minha cabeça, deve ser.

Talvez eu só esteja tentando me enganar.

Sabe o porquê eu ainda não a joguei fora?

Por mais que me dói eu ainda te amo, sempre vou te amar. Ainda tenho esperanças no nosso namoro.

domingo, 17 de outubro de 2010

Chocolate Quente

O fogo ardia loucamente, o cheiro de lenha queimada preenchia toda a sala. Pela janela poderia ver o céu desabando em água, me enrolei novamente no cobertor. Tinha uma caneca grande de chocolate quente ao meu lado, tomei um gole enquanto observava o fogo na lareira queimar freneticamente. Felipe estava tomando banho, pegamos boa parte da chuva que caia la fora. Estávamos encharcados apesar do frio, mas sorridentes. 

Atchim! Droga, odeio ficar gripado.

Felipe usava uma calça moleton, sem camisa. Seu corpo definido bronzeado e seu rosto de traços retos eram lindos. Adorava sua barba à fazer de dois ou três dias. Ele se sentou ao meu lado, enrolou-se no cobertor comigo e bebeu um pouco do meu chocolate quente. Sempre se lambuzava com o líquido. Beijei seus lábios ainda molhados com chocolate.

- Acho que essa foi um dos melhores dias, sabia?
- Sabia. - Sorri para ele.

Ele enfiou um dedo no chocolate e passou na ponta do meu nariz. Beijou minha bochecha, coloquei a caneca no chão. Estávamos no sofá da casa do Felipe, ele puxou o cobertor. Beijou minha boca, sua barba me deixava louco. O som da chuva dava ritmo a nossa luxúria. A luz o fogo iluminava nosso corpos, o cheiro de madeira queimando dava um toque especial.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sufoco.

Vejo seus olhares se cruzando com os meus,
será que é tão dificil nos mantermos no mesmo lugar?
Vejo você andando pelo corredores,
será que é tão dificil eu falar com você?

Minhas desculpas ficam presas na garganta mantidas pelo orgulho.
E essa minha inocência de achar que é tudo brincadeira acaba machucando quem eu não quero machucar.

Você estava certa eu me calo,me reprimo para não falar as coisas que me perseguem.
Talvez meus erros,talvez sentimentos.Eu não sei explicar e com certa ironia,não sei dizer.

O céu lá fora está brilhando e o ambiente transforma-se em poesia,um retrato do que vem dentro de mim.Por que diabos as árvores estão tristes?

Eu só não queria ser assim,queria soltar todas as verdades que insisto em omitir,que insisto em negar.Onde foram parar as pessoas?

Para mim,não há um sentido.Para mim,esta distância só me faz querer que tudo voltasse ao antes.
Ao antes.Mas qual dos tantos instantes?

Eu só queria lhe dizer,
Você está linda,mas onde está seu sorriso?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Morte,doce morte.

Meu coração vai expulsando meu sangue para fora de meu corpo nu.Não posso evitar o exilo da alma ao corpo.A transformação do próprio Satã fazia-se e desfazia-se em frações de piscar de olhos.
Ei,você!Fique aonde está.Pensa que beberá goles deste vinho de bela safra sem mim?Onde foi parar meu cálice?
O soar inconfundivel do piano invadia o recinto que eu chamava de corpo,as notas suaves iam perfurando o que eu chamava de pele,rasgando os músculos como se fosse um animal e triturando meus frágeis ossos.
O podre da carnificina adentrava em minhas narinas com função de alucinar minha mente devastada.
Por Favor,pare o sangue!Não o deixe colorir a sanidade que pouco me resta.
Pelo menos estou bela?A morte deve me deixar bela...
O desgaste nitido dos meus olhos passados pelo tempo,mostraram um cansaço sobrenatural que atuava como um peso para meus ombros.

Perdi minha mente,meu mundo girou,caí em uma sonata desconcertante.Estava escuro,não chovia.
Meu corpo implorava por ajuda e suas mãos o tocavam como se fosse socorrer.Me salve da minha própria escuridão,costure esses pedaços do meu corpo que insistem em se separar.Limpe as feridas que teimam em marcar meu vulneravel corpo com mentiras.
Inflamavel liquido que derrama de meu cálice sobre minha garganta seca,faz-se fogo dentro de mim,queimando meus erros com chamas que até o diabo sentiria inveja.

Você gostaria de um ultimo gole ?

sábado, 9 de outubro de 2010

STOP

Que pare o mundo;
que pare o tempo;
que pare o sol e a lua;
que pare as nuvens;
que pare a cidade,os carros,a poluição;
que as pessoas parem;
que o mundo não volte;
que pare a bala;
Que me pare.


por um breve instante,que tudo pare.Só para eu te ver sorrir novamente.

Querido Diário,

Não me sinto eu mesma a um bom tempo. Nada de sangue, dor ou lágrimas. Ultimamente eu apenas sigo a ambiente onde estou, sem personalidade própria. Preciso me sentir eu mesma novamente, preciso tropeçar sem querer, chorar de vez em quando ou ate arranhar o braço na parede. Quero poder sorrir apenas por sorrir, chorar quando estiver triste ou arrota entre amigos. São pequenas coisas que deixei de fazer para agradar aqueles que nem se importam comigo. Não quero que isso continue.


Hoje, nove de outubro de dois mil e dez. É o dia em que eu realmente serei quem eu sou, o dia em que eu deixo de ser uma sombra para tomar lugar ao sol, o dia que tudo começará a fazer sentido. Alias é o dia do meu aniversario.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Meu doce vicio!

Comprei uma barra de chocolate preto, rasguei a embalagem e coloquei um tablete na boca. Adorava aquela sensação, era uma espécie de euforia que ia derretendo em minha boca deixando-me simplesmente extasiada. Sensação unica, sem igual. Comi mais um tablete, depois outro. Até acabar com a barra inteira em poucos minutos.


Eu queria mais! Não o chocolate, mas a sensação. Comprei outra barra, rapidamente foi devorada como a outra. O desejo ali presente em cada mordida. A euforia descendo na garganta, o êxtase preenchendo minhas veias, o tupor invadindo o meu corpo saciando minha sede eufórica.


Peguei uma garrafa de coca-cola dois litros e um brigadeiro enrolado no confete. Girei a tampa da garrafa, podia ouvir o som do refrigerante saindo em qualquer lugar. Enchi um copo com o liquido negro e mordi o doce. A sensação tornou a aparecer, dessa vez bem mais forte. Parecia que dessa vez iria durar um pouco mais. Tomei um gole do refrigerante, depois mordia o brigadeiro. Minha mão onde estava o doce dava leves tremores, não me importava. Bebia e comia como se nada tivesse acontecendo.


O refrigerante na garrafa já estava pela metade, o brigadeiro quase no fim. Acho que dessa vez eu tenha conseguido chegar ao meu ápice da minha euforia, do meu desejo. Uma dor no meu peito ia surgindo, mas a euforia tirava completamente a minha atenção. Não queria que ela fosse embora. Tomei mais alguns goles de coca, o tremor aumentou sua intensidade. De repente o copo caiu no chão, à euforia diminuía e a dor crescia. Encostei-me na cadeira, colocando uma mão sobre o peito. Tem algo errado. Minha visão ficou turva, minha respiração rarefeita.Apoiei a cabeça no encosto da cadeira e fechei os olhos com esperança de nunca mais sentir aquela dor novamente.


Maria das Dores, 25 anos.
Infarto Fulminante.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

"Velhas poesias desenterradas da minha memória"

lua porque me abandonastes
justo nessa noite em que eu precisava tanto do seu brilho
sua alegria se transformou em tristeza
lua porque me abandonastes
toda aquela luz que iluminava minhas madrugadas
se transformou em escuridão apenas escuridão
aquele lobo que uivava toda vez que você passava
hoje dorme solitário em seu gélido covil
esperando pela próxima noite
imaginando se você aparecera
lua porque me abandonastes


@tk_ohashy
http://metamorfoseambulanteq.tumblr.com/

sábado, 2 de outubro de 2010

Tola loucura.

A loucura escreve sobre o piso de madeira minhas loucas fantasia,meus loucos anseios,desejos trancados,aprisionados.Letra por letra,palavra por palavra.Escreve sutilmente com seus dedos manchados à sangue,tão deliciado com tal ação que parecia estar desenhando minha alma nua.
Seu sorriso sacana exprimia uma ideia sem tempo,uma ação sem reação,algo fora do comum.
Seus olhos penetrantes se juntava ao seu rosto atraente e contornava em mim uma fatal atração que não saberia dizer a você,talvez não saberia dizer ao meus próprios "eus".Tocava em minha pele,juntando-se a mim em uma dança macabra e sem volta,entre músicas e compassos desajeitados que meus pés não conseguiam acompanhar,havia uma gargalhada,havia uma escada que lentamente eu ia descendo,me chamando aos sussurros em meu ouvido.
A loucura então,buscou na cozinha,que eu não conseguia distinguir para que lado estava,um copo de água,ofereceu à mim quase com o nome de pecado.E eu bebi,violentamente,cada gota que existia naquele maldito copo,como se eu quisesse me lavar,me livrar de algo que continha dentro de mim.

Meus gritos saiam no silêncio como algo quase que indefinido,como um delirante calar.As barras de ferro que me limitavam por dentro de mim exibiam o nome de pensamento,exibiam o nome de moral,do correto não dito.Oras,que correto era este?
Lição que jamais aprendi,obediência que jamais me conformei,leis que jamais sonhei.

clandestina,a loucura,que até então deitado no piso frio,escreveu meu último traço,meu ultimo segredo.Levantou-se quase em câmera lenta,usou alguns descompassos que não eram medidos por coisa alguma,atravessou as barras como se fossem obstáculos algum.

abraçou-me como um amigo eterno,e de forma que não compreendo,me beijou como um amante,em meio a escuridão que se formava dentro de mim.
Com seu sorriso sacana,com seus olhos penetrantes,com seu rosto quase que divino,sussurrou ao pé de meu ouvido algo que não captei,mas traguei,sem nem mesmo pensar.
Algo,que esteve desde o inicio,pintado com vermelho vivo,dizia : adeus,satã.
O correto foi-se embora,junto ao tolo.