- O retorno -
Droga, não consigo. Me levantei da cama, puxei o meu edredon e caminhei ate a varanda do meu quarto. A noite estava muito linda, era noite de lua cheia. O vento balançava as folhas da árvore do meu quintal, me sentei em uma cadeira de balanço que ficava na minha varanda e me enrolei no edredon. A lua estava realmente linda, poderia olha-la a noite inteira. Olhava fixamente para a luz da lua, quando dei por mim a luz da lua tinha se tornado a luz de uma lampada elétrica. Eu estava novamente naquele corredor. O corredor das minhas lembranças.
Hoje eu estava preparada, caso eu encontra-se aquela porta outra vez eu saberia o que fazer. Andei pelo corredor por algum tempo, ontem não parecia ser tão grande. A luz começou a falhar, parecia que eu estava chegando perto. Mais alguns passos e ela logo se apagou, parei . Olhei para os lados, tinha duas portas. Uma de cada lado do meu corpo. A porta da direita estava identificada como "A praia", a porta da esquerda "Acampamento". Me virei para a porta da esquerda e abri-a.
Essa porta dava no meio de uma floresta, era noite e poderia ouvir algumas canções que são cantadas em volta da fogueira. Fechei a porta e comecei a andar em direção das cantigas. A luz da fogueira facilitava a minha caminhada. Fiquei atras de um arbusto onde poderia ver as crianças em volta da fogueira cantando cantigas e um adulto que tocava um violão. Eu era a garotinha que tinha um lenço branco com pequenos corações vermelhos em volta do pescoço, isso foi porque naquele acampamento peguei uma maldita alergia. Não participei da maioria das atividade do acampamento e todos me evitavam.Essa não foi uma boa lembrança. Devagar andei em direção a uma das barracas, não queria ser vista por ninguém. Vocês podem achar que é loucura minha, mas sim, podemos interferir em algumas lembranças quando nos envolvemos com ela. Por isso quero que "essa" lembrança permaneça neste estado. habilmente entrei dentro de uma das barracas e roubei uma lanterna. Agora preciso voltar para o corredor e achar aquela porta.
As luzes começaram a falhar e finalmente apagaram-se, liguei a minha lanterna. Andei ate encontrar aquela porta. Era era a única porta diferente das outras. Ela não era pintada, os entalhes era feitos por um ferro quente onde as marcas escuras ainda estavam nítidas. Dei uma pequena olhada nas correntes. Todas as sete estavam com enormes cadeados. Um em cada corrente. Porém estes cadeados não comuns, neles tinham um desenho diferente em cada. Eu não faço ideia de como vou abrir esses cadeados.
Preciso achar um meio de abri-los.